terça-feira, 4 de janeiro de 2011

CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA

(Postagem em:  QUINTA-FEIRA, 16 DE SETEMBRO DE 2010)


Fachada do CESC

Adentrando no CESC
O Colégio Estadual Sinésio Costa – CESC - está situado na Rua Manoel Guimarães Prates, nº. 422, no Bairro Mato Verde, na sede do Município de Riacho de Santana, localizado na região Sudoeste do Estado da Bahia. O terreno na qual a escola está construída foi uma doação de um antigo morador, o Sr. Manoel Guimarães Prates, à Prefeitura Municipal, motivo pelo qual o logradouro público recebeu este nome.
A escola foi inaugurada no dia 29 de fevereiro de 1988, no último ano da gestão do prefeito João Batista Dias Laranjeira. A fundação do referido colégio foi fruto de uma briga política que resultou na fragmentação do então grupo dominante, correligionário numa oligarquia de quase 40 anos, havendo, assim, um rompimento entre o atual prefeito que apoiava o então governador Nilo Coelho, e o ex-prefeito, Alcides Cardoso Coutinho, do grupo liderado por Antônio Carlos Magalhães, formando-se, portanto, duas facções políticas.  A primeira representante do PMDB – Partido do Movimento Democrático Brasileiro e, a segunda, representante do PFL – Partido da Frente Liberal.
Inicialmente teve o nome  Colégio Estadual Democrático ( legitimada até 09 de novembro de 1996) quando o vigente poder  carlista exigiu a  retirada do termo “Democrático” das instituições públicas). Existia na cidade um colégio criado por uma associação beneficente (fundada em 15/05/1961), cujo nome era Centro Educacional Sinésio Costa. Com a criação da nova instituição, muito bem organizada, novas instalações e com a oferta dos cursos de 1º e 2º graus, nas modalidades de Magistério, Técnicos em Contabilidade, Enfermagem e Agropecuária, abarca quase 90% do alunado da antiga escola, que conseguiu sobreviver por apenas mais um ano.
Com as eleições municipais em 1988, vence o grupo apoiado pelo ex-prefeito assim, o Colégio Estadual Democrático passa a ser desassistido pelas autoridades, pois o novo gestor não conseguindo “tirar” a diretora Marisa Silva Cardoso, em conseqüência de os cargos políticos terem sido divididos entre situação e oposição (PMDB e PFL com suas coligações), retira praticamente todos os funcionários, não fornece materiais, dificulta tudo. Por falta de alunos, os cursos técnicos foram extintos. A diretora consegue sustentar, precariamente, os cursos de 1º grau (5ª à 8ª) e o Magistério de 2º grau até julho de 1991. Depredada, quase sucateada, a escola é contemplada pelo governo do Estado com uma reforma do prédio principal e o acabamento do prédio anexo, construção dos muros e de um auditório. Como ainda não existia o Programa Dinheiro Direto na Escola, os recursos eram repassados para a Prefeitura Municipal. Dos recursos repassados, o prefeito de então construiu os muros, fez a reforma e acabamento dos prédios e apenas mandou abrir as cavas para a construção do auditório, informando a então diretora, Maria Madalena da Silva Costa Matos, que os recursos não foram suficientes para a construção do mesmo.
Acurso Sena Costa, riachense que lecionava noutra cidade, foi indicado para a direção do colégio, em maio de 1995, substituindo a diretora Maria Madalena Matos.  Permaneceu na direção por pouco tempo e, segundo informações, deixara o cargo naquele mesmo ano, por ter se desentendido com o gestor municipal. Em meio a tantos desacertos, o então prefeito pediu que os docentes  escolhesse, entre si, alguém para ocupar o cargo. O professor Alan Antônio Vieira foi indicado pelos colegas e, em novembro de 1995, assumiu a direção do colégio, enfrentando grandes dificuldades como a depredação e a péssima reputação do mesmo. Juntamente com a equipe e motivado por uma filosofia austera, que por uns foi interpretada como modelo autoritário de trabalho, promoveu inúmeras atividades de conscientização como mutirões de limpeza, caminhadas, etc. melhorando efetivamente a imagem pública da instituição.
Em 1997, acontece mais uma reforma das instalações físicas do colégio, e a secretaria estadual de educação – SEC -  estipulou a criação obrigatória da Caixa e Colegiado Escolar, viabilizando, portanto, o recebimento de recursos direto na escola, o que garantiu autonomia financeira ao dirigente. Novamente por questões políticas o diretor Alan Vieira é exonerado em janeiro de 1998. Assume a direção o professor e vereador situacionista, Gilson Carlos Silva Teodoro, em meio a turbulências e discordâncias internas. Gilson Carlos Silva Teodoro dirigiu a escola de 1998 a 2006, quando foi substituído pela professora Cilene Alves Fernandes de Castro indicada pelo prefeito atual.
 Historicamente comprovado que o cargo de diretor era por indicação do poder público e o dirigente permanecia, no mesmo, até o momento em que estivesse a “serviço” do gestor municipal. Com a implantação do Processo Seletivo para Dirigentes Escolares, uma proposta do Governo do Estado da Bahia, a partir de 2009, a equipe gestora do CESC é formada por gestores aprovados em processo seletivo e eleita pela comunidade escolar², consolidando assim um dos mecanismos de gestão democrática prevista na Constituição Federal e na LDB.
Dessa forma, o CESC  avançou na sua gestão escolar, o que contribuiu para a construção  de uma gestão democrática; uma nova dimensão da qualidade do processo do ensino e aprendizagem, tornando-o mais significativo para o  aluno e para a comunidade, em termos de emancipação e conquista da cidadania, além de romper com o ciclo vicioso que beneficia interesses descomprometidos com a educação pública.
 
² Professores, estudantes e pais votaram. A eleição só seria validada se acontecesse segundo os critérios estabelecidos pela Secretaria Estadual de Educação regulamentada através de portaria publicada em Diário Oficial.

Um comentário:

  1. Importante: Mesmo com os desencontros com o gestor municipal àquela época, nada implicou em nossa amizade e consideração. E,quanto o professor Alan, este, recebeu todo o meu apoio, inclusive certificando dos problemas de maneira mais criteriosa. E o resultado foi ótimo sai da gestão escolar consciente de minha postura, tanto é que na mesma semana fui indicado a fazer parte da gestão escolar na Escola Castro Alves, jurisdição DIREC 26, município de Serra do Ramalho - BA.

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