quinta-feira, 10 de junho de 2021

 


COLÉGIO ESTADUAL SINÉSIO COSTA – CESC

COMPONENTE CURRICULAR: Eletiva II          

1º Ano/ENSINO MÉDIO

PROfª . Glhebia Gonçalves

 

ELETIVAS II/ 1º NEM  - II Unidade

TEMA: CARTOGRAFANDO A PANDEMIA DA COVID-19 NO MUNICÍPIO DE RIACHO DE SANTANA-BA.

PÚBLICO ALVO: Estudantes Do Novo Ensino Médio Do CESC

OBJETIVO GERAL:

Produzir um mapeamento da incidência da pandemia da Covid/19 no município de Riacho de Santana, Bahia.

Olá, pessoal!

Dando continuidade ao nosso projeto, precisamos entender um pouco mais sobre CARTOGRAFIA.

CARTOGRAFIA

Como já sabemos a cartografia tem por finalidade básica a elaboração de cartas ou mapas a partir de um conjunto de operações científicas, técnicas e artísticas. As cartas ou mapas, por sua vez, nada mais são do que superfícies planas onde a terra se acha total ou parcialmente representada.

CARTAS E MAPAS

 

·         Embora o mapa e a carta tenham quase tudo em comum, sendo inclusive considerados sinônimos, no Brasil costuma-se diferenciá-los. Emprega-se entre nós a expressão mapa para as representações mais simples, generalizadas ou de escala muito pequena.

·         Exemplos: mapa do Brasil (escala 1:5.000.000 ou menos), mapa da América do Sul e mapa-múndi. Já a expressão carta é utilizada para as representações mais detalhadas, mais precisas ou de grande escala.

·         Exemplos: cartas topográficas, cartas cadastrais ou urbanas (escalas de 1:500 a 1:10.000) e cartas de navegação marítima e aérea (cartas náuticas e cartas aeronáuticas).

 

O desenvolvimento da cartografia moderna decorreu principalmente das grandes navegações oceânicas (séculos XV e XVI) e em particular da contribuição dada pela Escola de Sagres (formação de pilotos e cartógrafos, aperfeiçoamento das caravelas, do astrolábio e das cartas de navegação). Entretanto o impulso definitivo ao desenvolvimento da Cartografia deu-se a partir de 1569, com a criação da famosa projeção cilíndrica de Mercátor.

 

De acordo com a finalidade ou tipo de usuário a que se destinam, os mapas ou cartas podem ser classificados em:

 

1.      Gerais. Quando se destinam ao público em geral, isto é, quando atendem aos diversos tipos de usuários. Geralmente são mapas de pequena escala. Por exemplo: mapas de grandes regiões, de países, de continentes e mapas-múndi.

2.      Especiais. Quando se destinam a determinadas pessoas ou grupos (profissionais), isto é, são mapas mais específicos ou técnicos e geralmente de grande escala. Por exemplo: mapas políticos, econômicos, científicos, cartas náuticas, aéreas e cadastrais.

3.      Temáticos. Quando se destinam ao estudo, análise e pesquisa de determinados temas como Geologia, Pedologia, Demografia etc.

 

Coordenadas Geográficas/Latitude e Longitude

Para que cada ponto da superfície terrestre possa ser localizado, existe um sistema de linhas imaginárias ao redor do globo, essas linhas são representadas nas cartas pelos meridianos e paralelos. Cada ponto na superfície é dado em termos de sua Latitude e Longitude constituindo essas as coordenadas geográficas.

    

As coordenadas geográficas baseiam-se em 2 linhas: o Equador e o Meridiano de Greenwich.

 

·           Latitude: é ângulo de arco norte-sul em relação ao Equador, ou seja, é o arco contado sobre o meridiano do lugar e que vai do Equador até o local considerado. Varia de 0o a 90o, sendo convencionado + para Norte e - para o Sul.

·           Longitude: é ângulo de arco leste-oeste do Meridiano Principal, ou seja, é o arco contado ao longo do paralelo do ponto, que vai do Meridiano de Greenwich até o meridiano considerado.
Varia de 0o a 180o, sendo convencionado - para oeste e + para leste de Greenwich.

 

ATIVIDADE

 

    1.  Observe a imagem abaixo e assinale a opção que a melhor representa:




https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjcccLVlyGdHS14Ngrz9T8M5L9vFUlGV5xC-3r4svEqbwv6a4Z8dZdZLhWmCEl2q4SlxOrtSJx0rmhlK3Nu_EGVRDoJ6hZKJPRvb8UvXP_E1LjGHs5-iAWUvz3V2kTIDe3kdgrGcub6h8f/s200/linhas+imaginarias+da+terra.jpg

a)     Latitude

b)    Longitude

c)     Coordenadas Geográficas

d)    Hemisférios Terrestres


 

 

    1. Observe a imagem abaixo e assinale a opção que a melhor representa:

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxx5Rave0sEl8VoBlFLbVK0cfIYNeasbL6xApjZhFxQOXq3amhYKzhyphenhyphenI6QGwCYzP_w4bLoMPy4RuJ7JU6e5mKTFMX0wRGzsG9SnJPWvrmeTWJc6S_uFpJ4ovrz5thDdW03dNeIUzhp_9RA/s200/paralelos.jpg

 

a)     Paralelos

b)    Meridianos

c)     Coordenadas Geográficas

d)    Hemisférios Terrestres


 

    1. Observe a imagem abaixo e assinale a opção que a melhor representa:

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitjiVCu2Jki0B5LcLqt0VTXIDlZbt7AmHR2HrIDf16ovYQXyQ2xBhHThvymvkBx075toEWei6nPKLRTlZkEAch1hL24fNwEGnY-JnplNN2j0bVV88odZPd2xcN_i4NEufUfpNrQWy-ZLXu/s200/meridianos.jpg







 

 

 

 

 

a)     Paralelos

b)    Meridianos

c)     Coordenadas Geográficas

d)    Hemisférios Terrestres


 

 

 

 

    1. De acordo com o mapa abaixo, assinale a alternativa que descreve a localização do Brasil no globo.

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8Duwju2fNf7ad6dcKZIdnbRv9XGctVVt9IYfrYHoPR25hS93aZ1rV-x4qzr4mwTeami84U-Buwk9MvKV_Rkg0IArVUKC6XhdP_kSRqAEiOCKpb8xKXJUTKkTe4btiaKxjc-cmZLF9KPEA/s320/mapa_mundi.JPG

a)     O Brasil está localizado em sua totalidade no hemisfério oriental.

b)    O Brasil está localizado em sua maior parte no hemisfério norte.

c)     O Brasil está localizado em sua totalidade no hemisfério leste.

d)    O Brasil está localizado em sua totalidade no hemisfério ocidental.

 

5.       Pesquise e responda:

 

a)       Quais são as coordenadas geográficas do município de Riacho de Santana, Bahia:

b)      Qual a localização do município Riacho de Santana, Bahia? Em qual região do estado da Bahia?

c)       Quais são os municípios limítrofes?

d)      Apresente dados populacionais

 

https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSeTQg7OUo4-Ku2WMRUcY6uFNI79tSkruw_lVhhbnHkb-S7NYg/viewform?usp=sf_link


quarta-feira, 19 de maio de 2021

AVALIAÇÃO DE ALGUNS PROFESSORES SOBRE O ENSINO REMOTO I UNIDADE

 I unidade...

Minha experiência com o trabalho remoto ...

Inicialmente procurei reorganizar as turmas no google Classroom buscando motivá-los para esse momento de reencontro. Consegui interagir com mais de 50% dos alunos através das ferramentas do google. Todos os meus momentos síncronos foram feitos através do google meet, momentos em que consegui uma boa interação com os educandos. Os momentos assíncronos, sempre me disponibilizei a atendê-los em grupos menores e às vezes individualmente através da mesma plataforma, ou lançando mão da ferramenta watsapp. 

Percebi um bom aproveitamento diante das ferramentas de verificação que utilizei, como o google formulário, o google docs através de construções colaborativas. Explorei bastante as plataformas de jogos como o Kahoot. Como apoio á aprendizagem explorei bastante o kan academy. Como continuei com as turmas que trabalhei em 2020, não explorei tanto os materiais que nos foram disponibilizados pela SEC, mas, pretendo sim utilizá-los. 

Enfim como uma avaliação geral, achei a unidade bastante produtiva, e o que considero muito importante para o sucesso da proposta de trabalho on line, senti um forte interesse dos alunos, muito presentes e participativos.


Pedro Viana Pereira



 Maria Aparecida Rodrigues Pereira: 

A nossa escola por conta de ajustes na programação e dificuldades com o horário e turmas, entendeu que poderíamos trabalhar por área, abordando temas interdisciplinares. Isso dificultou o cumprimento com relação ao término da unidade. Temos também vários alunos que não tem acesso à internet, e as atividades só passaram a ser encaminhadas a 3 semanas atrás. E ainda não recebemos de volta para efetivar as correções, dessa forma estamos na quarta semana de aula especificamente com os componentes curriculares em separado. Esse fato explica pq não demos conta de cumprir a unidade em tempo hábil.

 Durante algumas semanas, nós da área de humanas trabalhamos temas importantes e interessantes, como “cibercultura e ciberespaço”, “ Entre línguas e religiões, o diálogo é um compromisso de amor”, entre outras temáticas. Foram aulas bastante produtivas, porém, o material não chegou a ser  utilizado como avaliação mas,  sim como momentos de interação, participação e incentivo aos alunos para riqueza que pode ser  o ensino remoto usando até mesmo o WhatsApp como sala virtual. Ao longo desse processo, pudemos perceber como as aulas são muito mais ricas, mais ilustrativas do que na configuração do modelo presencial, tendo em vista , a riqueza de elementos que podem dar suporte ao nosso planejamento, contudo, o planejamento triplica . Segundo levantamento feito pela escola temos cerca de 500 alunos sem acesso a internet. E o que se planeja para o virtual, não pode ser usado na íntegra para quem irá receber as atividades impressas. Os próprios cadernos de apoio, disponibilizados virtualmente, não chegam aos alunos por falta de internet, e,  se chegassem no formato impresso, a gama de links para vídeos e textos não serviriam, uma vez que os referidos não possuem  internet para consultá-los. Teria que se virar com o texto base oferecido nas trilhas, apenas.

 Como ponto negativo tem o fato de muitos alunos, apesar da proximidade com os celulares, não conseguirem se organizar e organizar as atividades assíncronas.  Os mesmos perdem os Arquivos enviados e esse também é um fator que provoca o atraso no cumprimento da unidade, pois o fato de muitos alunos não estarem com suas atividades prontas para serem entregues, devolvidas em tempo hábil para as devidas correções, também corrobora para atrasos no andamento do processo

Percebi também que muitos alunos não estão participando das aulas síncronas. No Vespertino vários alunos se queixam que não conseguem participar das aulas quando ocorrem no Google Meet, pq não tem o app e não pode baixar por conta de memória, e também por conta de internet que é ruim, não suporta conectividade, e cai toda hora.


Relatório da unidade 1 - 2020/2021. 

O trabalho de orientação, ensino/aprendizagem no CESC (Colegio Estadual Sinesio Costa de Riacho Santana, nesse ano letivo continuum 2020/2021, tem se mostrado um desafio constante, pois tivemos um começo bem inesperado, sem preparações prévias, depois de desconsiderar o trabalhos de nossos profissionais no ano anterior, inclusive sem a realização das matrículas novas, o que nos oferece um suporte para a pesquisa, programação, planejamento e preparo psicológico, que precede o inícios dos trabalhos letivos. Em um cenário de plena pandemia, momento bem crítico na nossa cidade e região, com grande número de mortes e pessoas afetadas pela sequelas e efeitos colaterais da COVID 19, o governo nos faz um comunicado, e em uma semana super turbulenta, com muitas quedas na net da SEC, imagina a nossa!...joga para nós" profissionais da educação a tarefa de recomeçar as aulas de modo on-line e off-line(síncrona e assíncrona), de maneira a “desvendar e promover o educar nesse contexto”, esperando que cada um, esquecendo de si mesmo, das próprias dificuldades, necessidades e perigos, consiga chegar nos mais distantes rincões, realizando uma “ tal de busca ativa” que traga o estudante urgentemente para a escola e o faça incluso no novo processo educacional da SEC, uma mesma SEC que permaneceu totalmente adormecida por todo o ano de 2020. Aliás, falo disso por experiência própria, como estava de afastamento por interesse particular, precisei antecipar a minha volta, já que não tinha conseguido a ajuda de custo do governo, fiz o pedido em julho e somente em meados de dezembro consegui voltar para a lista de professores da escola. A nossa escola e nós, como muitos e muitas do Estado pelo que ouvimos contar nas redes, tiveram inúmeras pendências para resolver, inclusive para encontrar orientações numa mesma línguagem que nos ajudassem a atravessar alguns dos novos obstáculos, e talvez por isso, enfrentar alguns perrengues antes de conseguir dar alguns passos seguindo essas mesmas orientações. Como o nosso público não conta com muitas das condições encontradas na capital, e, certamente, uma geografia de sertão com espinhos, somente um percentual de 20% ou 30%, tem sido mais acessível, até porque não dá para ter certeza, pois um tal de SGE, ainda hoje não pode nos disponibilizar os dados que necessitamos. A nossa programação como profissionais seguiu o mesmo ritmo, e o desenvolver curricular não tem sido diferente, e por aqui, estamos atrasados. Somente nas próximas semana teremos condições de entregar resultados(notas) nessa saga. E dizem que as TICs deveriam facilitar o nosso trabalho? Como pessoa adulta, professora de Geografia e Sociologia das 1ªs e 3ªs séries do Ensino Médio e Técnico, tenho me sentido desamparada, impotente, mesmo tendo um celular nas mãos, pois não me sai da cabeça os sentimentos daqueles jovens “do fim do mundo” sem acesso a essa escola que agora somos obrigados a ofertar. A pergunta que fica é: Porque o Estado não nos ofereceu um ambiente propício, numa plataforma adequada, se até os cursos EAD e alguns municípios daqui do interior fez isso? Assim, alegando as diferenças contextuais, físicas, geográficas, econômicas, humanas e sociais, solicitamos a compreensão da SEC, no sentido de esperar um pouco mais, para que possamos ativamente, mostrar os resultados solicitados, uma vez que tenho certeza, é somente uma questão de “tempo” , que separa os nossos alunos do desempenho que o sistema exige.

Cilene Alves Fernandes - Professora


BUSCA ATIVA


 

HOMENAGEM PARA AS MÃES



 

sábado, 8 de maio de 2021

SABADAÇO EDUCATIVO

 Colégio Estadual Sinésio Costa -  CESC

SABADAÇO EDUCATIVO

1º Momento: Assistir o Documentário.

2º Momento: Após assistir o documentário, realizar a reflexão e responder as questões.

3º Momento: Realizar a leitura do Poema: “Eu, Etiqueta de Carlos Drummond de Andrade e responder as questões.

Pontos para nortear a reflexão...

“O Dilema das Redes” intercala os depoimentos de ex - executivos das grandes empresas do Vale do Silício nos Estados Unidos com uma família fictícia na qual cada um vai cada vez mais tendo dificuldade de largar o celular.

Usando de uma ou mais formas de texto (texto escrito, imagem, vídeo, áudio, dança etc.), vamos refletir sobre o documentário:

1- Para você, o documentário “O Dilema das Redes” trata de uma realidade vivida por nós ou você o considera um filme de ficção, e por quê? Exponha sua opinião.

2- Como você se percebeu ou sentiu ao assistir essa parte do documentário? Da forma que sentir confortável, socialize como você se percebeu ou se sentiu.

3- O documentário por nós assistido, afirma que a rede de internet é manipuladora. Você se sente manipulado pela rede? Da forma que sentir confortável, socialize sua percepção.

4- Vamos testar-nos. Analise as seguintes opções e exponha qual ou quais delas já aconteceu com você.

a) você já mudou de alguma forma seu comportamento, sua maneira de se vestir, conversar, de se ver, se relacionar com a família, amigos, parceiras etc., por influência da rede?

b) quando seu celular recebe uma notificação, você olha imediatamente?

c) como você se sente quando suas fotos são marcadas e curtidas por várias pessoas? E quando não são como você se sente?

d) aproveitando da linguagem multimodal que a tecnologia nos possibilita, envie-nos no chat ou no grupo de WhatsApp emogis ou figurinhas que reflita o que você achou sobre o documentário e esta atividade por nós proposta.

Poema: “Eu, Etiqueta” de Carlos Drummond de Andrade

Outra problemática vivenciada por nós é o consumismo, onde somos levados a escolher determinados produtos por influência da mídia e das redes sociais. O poema, “Eu, Etiqueta”, de Carlos Drummond de Andrade evidencia essa falta de liberdade de escolha por parte das pessoas, havendo aí uma influência pela cultura do consumo.

EU, ETIQUETA

Em minha calça está grudado um nome, que não é meu de batismo ou de cartório, um nome... estranho. Meu blusão traz lembrete de bebida que jamais pus na boca, nesta vida. Em minha camiseta, a marca de cigarro que não fumo, até hoje não fumei. Minhas meias falam de produto que nunca experimentei mas são comunicados a meus pés. Meu tênis é proclama colorido de alguma coisa não provada por este provador de longa idade. Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro, minha gravata e cinto e escova e pente, meu copo, minha xícara, minha toalha de banho e sabonete, meu isso, meu aquilo, desde a cabeça ao bico dos sapatos, são mensagens, letras falantes, gritos visuais, ordens de uso, abuso, reincidência, costume, hábito, premência, indispensabilidade, e fazem de mim homem-anúncio itinerante, escravo da matéria anunciada. Estou, estou na moda. É duro andar na moda, ainda que a moda seja negar minha identidade, trocá-la por mil, açambarcando todas as marcas registradas,

todos os logotipos do mercado. Com que inocência demito-me de ser. eu que antes era e me sabia tão diverso de outros, tão mim mesmo, ser pensante, sentinte e solidário com outros seres diversos e conscientes de sua humana, invencível condição. Agora sou anúncio, ora vulgar ora bizarro, em língua nacional ou em qualquer língua (qualquer, principalmente). E nisto me comparo, tiro glória de minha anulação. Não sou - vê lá - anúncio contratado. Eu é que mimosamente pago para anunciar, para vender em bares festas praias pérgulas piscinas, e bem à vista exibo esta etiqueta global no corpo que desiste de ser veste e sandália de uma essência tão viva, independente, que moda ou suborno algum a compromete. Onde terei jogado fora meu gosto e capacidade de escolher, minhas idiossincrasias tão pessoais, tão minhas que no rosto se espelhavam e cada gesto, cada olhar cada vinco da roupa sou gravado de forma universal, saio da estamparia, não de casa, da vitrine me tiram, recolocam, objeto pulsante mas objeto que se oferece como signo de outros objetos estáticos, tarifados. Por me ostentar assim, tão orgulhoso de ser não eu, mas artigo industrial, peço que meu nome retifiquem. Já não me convém o título de homem. Meu nome novo é coisa. Eu sou a coisa, coisamente.

Carlos Drummond de Andrade

Pontos para nortear a reflexão...

1. Como o eu-lírico entende o consumismo? Ele está feliz com esse sistema? Consegue se encontrar?

2. O que você entende por padronização? Como o texto expõe esse esquema?

3. Deixar de ser homem e tornar-se coisa é como o eu-lírico se enxerga ao fim do texto. Você compactua com essa ideia ou ainda se acha detentor das suas escolhas diante o mundo que o cerca?

OBS: Compartilhar suas reflexões/opiniões aqui no grupo, da forma que se sentir mais à vontade (texto, áudio, depoimento em vídeo).



ALGUMAS ATIVIDADES ASSINCRONAS PROPOSTAS PARA OS ESTUDANTES


1

Colégio Estadual Sinésio Costa. Disciplina: Língua Portuguesa 

Professora: Marilene Rocha Louzada Série: 1ª

Material adaptado do Caderno de Apoio à Aprendizagem da SEC

Apresentação e orientações para o trabalho com as trilhas de Língua Portuguesa

A Secretaria de Educação da Bahia disponibilizou para a comunidade educacional os Cadernos de Apoio à Aprendizagem, um material pedagógico elaborado por dezenas de professoras e professores da rede estadual durante o período de suspensão das aulas. Os Cadernos são uma parte importante da estratégia de retomada das atividades letivas, que facilitam a conciliação dos tempos e espaços, articulados a outras ações pedagógicas destinadas a apoiar docentes e estudantes.

Nesta primeira semana de aula daremos início ao nosso trabalho com as trilhas apresentadas no Caderno de Apoio à Aprendizagem de Língua Portuguesa.

Tema da Trilha 1: Comunicação interligada – linguagem verbal e não verbal.

Objetivos de Aprendizagem:  Refletir sobre as diversas formas de linguagem na conjuntura atual; Compreender o papel da linguagem para o ser humano.

Orientações:

 Leia todo o material com calma e atenção.

 Você terá algumas aulas para se dedicar ao estudo desse material.

 Use um caderno pequeno ou separe uma matéria do seu caderno para anotar as respostas das trilhas.

 Teremos alguns encontros, previamente marcados, para tirar dúvidas e fazer esclarecimentos. Fora desses encontros cabe a você, aluno, o papel de analisar o material e seguir as orientações contidas no mesmo.

Sequência didática:

 Leia e analise as informações da trilha 1.

 Anote no caderno as respostas e reflexões do item 2 “Botando o pé na estrada”.

 Responda no seu caderno as perguntas que aparecem abaixo das imagens do item 3 “Lendo as paisagens da trilha”

 Pesquise em livros didáticos e na internet sobre o tema da trilha 1.

 Assista também ao vídeo disponível em: https://youtu.be/O-pmUQm-Q9c

 Responda no caderno às questões 1 e 2 do item 5 “Resolvendo os desafios da trilha”.

 Faça o que está sendo pedido no item 6 “A trilha é sua: coloque a mão na massa”

 Faça a entrevista e, se possível, grave o vídeo que está sendo pedido no item 7 “A trilha na minha vida”.

 Pense com carinho na proposta de intervenção social do item 8 e veja se pode ajudar alguém da sua família ou comunidade a aprender a ler o mundo das imagens e das letras.

 Responda ao que se pede no item autoavaliação.

TRILHA 1- Tema: Comunicação interligada – linguagens verbal e não verbal

1. PONTO DE ENCONTRO

Olá, estudante! Nesta primeira trilha sobre semântica, você irá aprender a diferenciar linguagem, língua e fala. Aprenderá que tudo que envolve alguma forma de comunicar tem a linguagem envolvida, que pode ser verbal ou não verbal. Entre as formas de comunicação verbal, está a língua, que é a forma utilizada por um grupo de indivíduos para se comunicar; é um conjunto de regras que define a forma de falar, a exemplo da Língua Portuguesa. E a fala é algo individual, feita com as particularidades de cada indivíduo. Vamos começar a explorar esse objeto de conhecimento? 

2. BOTANDO O PÉ NA ESTRADA

Para começar nosso caminho, quero lhe fazer algumas perguntas:

Você já pensou sobre como se dá o processo de comunicação através da linguagem? Percebeu que uma pintura também se constitui em um tipo de linguagem? Já pensou na quantidade de informações que você troca ao longo do dia? Para caminhar na trilha comigo, anote suas respostas e reflexões no caderno. 

3. LENDO AS PAISAGENS DA TRILHA

Você sabia que em qualquer caminho da vida há muitas paisagens a serem observadas? Pois é! O nosso caminho hoje está cheio delas. Olhe cada uma dessas imagens de forma detalhada: suas formas, cores, contrastes, imagine suas texturas e sabores. Em seguida, responda as perguntas no seu caderno para continuar a trilha:

O que essas imagens expressam para você? Na sua opinião, há alguma mensagem vinculada a elas? Se há, que mensagem é essa? Qual das quatro imagens mais chamou sua atenção? Por quê? Responda no seu caderno.

4. EXPLORANDO A TRILHA

Tudo ok com você até aqui? Vamos continuar o caminho com um novo desafio. Para continuar no desafio, leia o texto a seguir:

Texto 1 – Linguagem e Língua

A linguagem pode ser definida como a capacidade que as pessoas têm de se comunicar, ou seja, de transmitir informações, pensamentos, desejos e emoções. A linguagem pode ser verbal ou não verbal. A linguagem verbal é aquela que utiliza as palavras, tanto na forma falada como na escrita. Já a linguagem não verbal envolve formas de comunicação que não incluem as palavras — por exemplo, imagens, cores e gestos. Muitas placas de trânsito e obras de artes visuais, como pinturas e esculturas, são exemplos de linguagem não verbal.

A língua, por sua vez, pode ser considerada um dos componentes da linguagem. A língua é um conjunto de códigos e palavras usado por uma mesma comunidade. Esse uso acontece de acordo com determinadas leis e regras que devem ser seguidas por todos os usuários, para que todos possam se entender. As línguas também são chamadas de idiomas.

A construção da língua Uma língua envolve fala e escrita. A fala é a forma pessoal de expressão de cada indivíduo, que possui uma organização própria de pensamentos, ideias, opiniões. A fala segue as regras gramaticais da língua, mas deixa margem para a criatividade e diferenciação na comunicação em função de quem fala. O ser humano nasce com a habilidade de entender a língua falada. Sem nenhum treinamento especial, as crianças aprendem a falar o idioma do lugar onde vivem ao escutar os outros falantes; já a escrita precisa ser aprendida. Entretanto, nem todas as línguas são faladas. Na língua de sinais, usada por deficientes auditivos, movimentos corporais (especialmente das mãos e dos braços) representam letras, palavras e frases. Pessoas com deficiência auditiva aprendem a língua de sinais do lugar onde moram.

O som é a base das línguas faladas. A combinação de sons forma as palavras. Estas formam frases, e assim por diante. Cada idioma tem muitos tipos de palavras. Os tipos básicos são os substantivos e os verbos. Substantivos designam pessoas, animais, coisas e ideias; verbos representam ações.

Cada idioma tem suas próprias regras de gramática. Essas regras estabelecem a ordem das palavras na frase. A ordem das palavras dá sentido à frase.

Idiomas do mundo

Existem milhares de idiomas no mundo atual. Alguns são usados por milhões de pessoas. O mandarim (chinês), o inglês e o espanhol figuram entre as línguas mais faladas no mundo.

A maior parte dos países tem uma língua oficial, o que permite que os cidadãos compreendam uns aos outros. Alguns países adotam mais de um idioma oficial. No Canadá, por exemplo, o francês e o inglês são línguas oficiais. Muitos idiomas se parecem uns com os outros. Os especialistas costumam agrupar as línguas em famílias. Inglês, alemão e sueco pertencem ao grupo das línguas germânicas. Francês, espanhol e português, ao grupo das línguas neolatinas. Russo e polonês figuram entre as línguas eslavas. O chinês faz parte da família asiática sino-tibetana.

Como as línguas mudam

Em algumas situações, as pessoas precisam falar com quem não entende sua língua. Por exemplo, os portugueses que vieram para o Brasil no século XVI tiveram de se comunicar com os índios e depois com os africanos. Nesse encontro, o português dos colonizadores sofreu mudanças, dando origem ao português do Brasil. Mesmo populações que falam o mesmo idioma podem ter dificuldade para se entender. Pronúncias diferentes ou o uso de expressões locais explicam esse fato. Quando as diferenças são grandes, surgem os dialetos. No Brasil, ainda que os modos de falar variem de região para região, não chegam a existir dialetos.

De modo geral, idiomas não respeitam fronteiras. As línguas importam palavras de outros idiomas. Em português, por exemplo, “futebol” vem do inglês, “abajur” do francês e “caatinga” do tupi. Os falantes de inglês incorporaram palavras como pasta (do italiano) e fiesta (do espanhol). Os idiomas mudam de acordo com o uso ao longo do tempo. É comum as pessoas abreviarem as palavras. “Cinema” já foi “cinematógrafo” e pode se tornar simplesmente “cine”. Em vez de “fotografia”, é comum dizer “foto”. De tempos em tempos, novas palavras surgem e integram-se ao idioma, enquanto outras vão sendo abandonadas e, por fim, caem em desuso.

Para aprofundar mais sobre esse tema, é necessário que você realize outros estudos. Pesquise sobre o tema em livros didáticos e na internet. Assista também ao vídeo disponível em: https://youtu.be/O-pmUQm-Q9c7

5. RESOLVENDO DESAFIOS DA TRILHA

Para saber se você fez as correlações necessárias entre os textos e as imagens, resolva as questões a seguir no seu caderno:

1. Defina: linguagem, língua e fala;

2. Levando-se em consideração todo o seu conhecimento sobre o processo comunicativo, relate as diferenças entre linguagem verbal e não verbal e, se possível, dê exemplos; 

6. A TRILHA É SUA: COLOQUE A MÃO NA MASSA

A criatividade faz parte da nossa essência! Há um artista dentro de você, sabia? Todos nós somos seres inventivos. Demonstre o que você aprendeu até aqui, nesta viagem, produzindo algo. Pode ser desenhos (concretos os abstratos), músicas, quadrinhos, pintura, paródias, charges, mapa conceitual/mental, poemas, textos diversos ou qualquer outra linguagem. O importante é você expressar o que entendeu do tema trabalhado.

Use o seu caderno, uma folha em branco ou seu próprio smartphone para fazer a sua sistematização. Mão na massa! Agora é com você!

7. A TRILHA NA MINHA VIDA

Você já parou para pensar que “falar” e escrever pode ser um ato de liberdade? A linguagem escrita é muito importante para a construção do seu próprio conhecimento e para o exercício da cidadania. Sendo assim, sugiro que você materialize o seu conhecimento com uma entrevista com um(a) idoso(a) de sua família. Faça perguntas interessantes e peça para que a pessoa conte sobre o fato mais intrigante que já vivenciou. Registre perguntas e respostas no seu caderno. Aproveite e registre também esse momento, se possível, em um vídeo ou uma fotografia. Parabéns pela sua escrita! Vamos continuar, pois já estamos próximos do fim desta primeira trilha!

8. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO SOCIAL

Realizar tarefas do cotidiano, planejar ações futuras e pensar sobre acontecimentos do passado são atos humanos constituídos pela linguagem e na linguagem. Emocionar-se ao ler um poema, identificar-se com uma personagem de ficção, gostar das cores e formas de uma pintura, fechar os olhos e retomar lembranças a partir da audição de uma música são atos humanos atravessados pela linguagem. Nesse sentido, é possível afirmar que nos tornamos humanos na convivência social, por meio da qual não apenas sobrevivemos fisicamente (satisfação da fome, abrigo, integridade física), mas também, psicologicamente, o que significa, proteção, segurança, afeto, conhecimentos etc. É no mundo da cultura que interagimos com o outro, construímos nossa identidade pessoal, social e desenvolvemos a linguagem. Que tal pensar em uma proposta de intervenção social, ou seja, uma produção idealizada por você para ajudar pessoas que ainda não foram alfabetizadas a lerem o mundo de outra forma? Pode ser uma coletânea de imagens ou uma canção que motive e mostre que é possível estabelecer comunicação de diversas formas. Liberem a criatividade e aproveitem para ajudar as pessoas!

9. AUTOAVALIAÇÃO

Ufa! Caminhamos bastante! Foi muito bom estar contigo nesta trilha. Parabéns por ter chegado até aqui junto comigo. Você sabia que a sua companhia foi bastante divertida? Mas, antes de nos despedirmos, quero convidá-lo(a) a pensar sobre seu próprio percurso. Afinal, refletir sobre as nossas experiências nos torna capazes de trilhar novos caminhos de forma mais madura e segura, além de nos ajudar no planejamento de novos desafios e na tomada de decisões importantes para nossa vida. Para isso, peço que responda apenas a algumas perguntas no seu caderno:

a) Você reservou um tempo para realizar esta atividade?

b) Se reservou, conseguiu realizar esta atividade no tempo programado?

c) Por meio da trilha, você consegue distinguir fala, língua e linguagem? Caso ainda tenha alguma dúvida sobre esse tema, converse comigo no Tempo Escola, daí poderemos aprofundar este assunto, certo?

d) Você acha que consegue aplicar na sua vida as aprendizagens dessa aula? Comente.

Obrigada pelas respostas! Socialize-as comigo e com seus colegas quando estivermos juntos em nosso “Tempo Escola”. Ah, fique atento(a), pois posso pedir algumas dessas atividades pelo Google Classroom ou de forma escrita no seu caderno; afinal, você chegou até o final da trilha e desejo valorizar todo o seu esforço.




sexta-feira, 7 de maio de 2021

SABADAÇO EDUCATIVO

 



























Estudante Z  2°C/matutino

Esse documentário foi excelente, nos trás medo pois sabemos que oq está sendo dito é a verdade, a internet não é apenas um click em uma plataforma de busca e sim um grande "robô" para te induzir o que fazer, o que ser, como se vestir, como se comportar, entre milhares de outras coisas e se não seguirmos esse padrão, existe um termo para acabar com tudo na sua vida, o famoso cancelamento.
 Atualmente vivemos isso diariamente, vidas são tiradas por esse tipo de movimento, estamos vivendo uma das maiores pandemias e internet contém várias pessoas extremante radicais que não escutam as outras pessoas que tem opiniões diferentes, apenas espalham fake news para que esse grupo aumente.
 Eu senti pavor após assistir o documentário porque eu vi que não sabemos de nada do que passa atrás dessa tela de computador e nunca vamos saber, a internet/redes sociais é um caminho sem volta, quanto mais você desliza o dedo no feed mais tempo você quer ficar, e é isso que eles querem para te colocar anúncios atrás de anúncios, quen nunca foi em um vídeo de YouTube e antes do vídeo começar tinha pelo menos 2 anúncios? Pois é, isso acontece pra induzir a compra e é o que fazemos, compramos, a internet é um grande abismo sem fundo se não sabemos aonde estamos indo o problema será muito maior.

quinta-feira, 6 de maio de 2021

ALGUMAS ATIVIDADES ASSINCRONAS PROPOSTAS PARA OS ESTUDANTES

 

     Unidade Escolar:

Colégio Estadual Sinésio Costa de Riacho de Santana- BA.

C  Componente Curricular:

História

     Professora:

Sandra Castro

     Modalidade de Ensino

Regular

     Série / Turma

3ª série E. M Regular

P   Período/Data:

19 a 23/04/200-2021 – Ano Continuum

C    Carga Horária:

 

02 aulas assíncronas

A     Aluno(a)

 


ATIVIDADE ASSÍNCRONA

Como proposta de atividade assíncrona desta semana , vocês devem recorrer ao texto sobre as Revoltas da Primeira República, enviado no documento atividades Assíncronas da semana anterior, associando-o aos vídeos propostos nesta atividade como complemento e/ou esclarecimento de dúvidas.

!- https://youtu.be/RORl4j4VC9A

2-https://youtu.be/MfOC-il4NXM

3- https://youtu.be/RWoWYtGUI3g

Após assistir aos vídeos elencados acima e outros que se interessarem referente à temática “ Revoltas da Primeira República”, dê uma atenção especial ao terceiro vídeo, que é um RAP produzido pelo site Descomplica, e a partir de todos  desenvolvam a seguinte proposta

1-      Identifiqueas Revoltas abordadas neste contexto da Primeira República e classifique-as em suas características, registrando em seu caderno.

 

a)       Revoltas do campo

_________________________________________________________________

 

b)     Revoltas Urbanas

_________________________________________________________________

 

c)      Revoltas messiânicas

_________________________________________________________________

 

2-      Seguindo na TRILHA DA HISTÓRIA, junte-se a 4 colegas que façam parte dos seus contatos, e, de forma criativa, demonstre com um poema, rap, um cordel ou um desenho o que você aprendeu sobre as Revoltas ocorrida no período chamado de Primeira República brasileira.

Obs: Em tempo oportuno, marcaremos data e ferramenta para  a postagem de suas produções.  Todas as participações estarão sendo contabilizada em seu processo avaliativo, porém, esta produção a partir da questão número 2 valerá nota, a ser somada com outros formatos de avaliação nesse modelo de ensino Remoto.


COLÉGIO ESTADUAL SINÉSIO COSTA – C.E.S.C. 

Aluno(a)_______________________________ Série__________ Turma __________ 

Data__/__/____ Projetos Integradores – Mateus Fercha 

MÚSICA PARA NOSSOS OUVIDOS 

1. COMO CONSTRUIR INSTRUMENTOS MUSICAIS NÃO CONVENCIONAIS COM MATERIAIS USADOS NO DIA A DIA? 

Responder a essa pergunta é o principal desafio deste projeto, que tem como objetivo interligar cinco campos do conhecimento (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Arte e Matemática), incentivando a aprendizagem interdisciplinar e a aplicação prática do aprendizado. 

Como temas do projeto, os instrumentos musicais e a música vão permear todas as atividades. Assim, você e os colegas vão descobrir que o som é a matéria-prima de toda música. Na realidade, a música é criada pela combinação de formas variadas de sons e silêncios. 

1. 1. Observe a imagem ao lado e responda: 

a) Que materiais usados para construir o objeto ao lado você identifica? __________________________________________ 

b) De maneira você imagina que esse objeto produz sons? __________________________________________

 2. Elabore uma lista de objetos que fazem parte de seu cotidiano e que produzem sons ao serem agitados, batidos, chacoalhados ou soprados. 

2. OBJETIVOS:

 Neste projeto, você e os colegas vão refletir sobre as músicas que ouvem no cotidiano e compreender a produção de sons e construir um acervo de instrumentos musicais não convencionais com materiais diversos usados no dia a dia. Esses instrumentos poderão ser úteis para estudar música, para montar uma banda ou um bloco de Carnaval, entre outras possibilidades. Além de criar esses instrumentos musicais, vocês vão compartilhar essa experiência com a comunidade por meio de uma oficina. O projeto será desenvolvido nas seguintes etapas: 

Etapa 1: Que músicas fazem parte de seu cotidiano? 

Subproduto: Produção de uma playlist comentada. 

Etapa 2: Como os instrumentos musicais geram sons? 

Subproduto: Experimentações com parâmetros sonoros. 

 Etapa 3: Como construir um instrumento musical não convencional? 

Subproduto: Construção de instrumentos musicais não convencionais. Fazer e acontecer Produto final: Oficina de construção de instrumentos musicais não convencionais Ao longo do projeto, é importante que você anote suas dúvidas e descobertas, além de seus avanços e dificuldades no aprendizado. Isso pode ser feito em um caderno comum ou em formato digital. As anotações podem ser consultadas sempre que houver necessidade. 

3. QUE MÚSICAS FAZEM PARTE DO SEU COTIDIANO? 

A música faz parte do cotidiano das pessoas e pode ter diversas funções: alegrar, distrair, ajudar na concentração para o estudo ou o trabalho, animar uma festa, favorecer a convivência com os amigos em shows e festivais ou acompanhar emoções intensas, como o fim de um relacionamento amoroso. A música também pode contribuir para o autoconhecimento e a construção da identidade, pois ao ouvir uma música é possível entender a si mesmo e se afirmar no mundo como indivíduo e nas relações com outras pessoas. Nesta etapa, você e os colegas vão refletir sobre a relação que têm com a música: em que momentos a ouvem e por quê, e quais são os gêneros musicais preferidos. Com base nessa reflexão, serão capazes de produzir, em grupo, uma playlist comentada. 

4. QUANDO VOCÊ OUVE MÚSICA?

Em que momentos você ouve música? 

Faça um levantamento sobre as principais ocasiões em que você e os colegas da turma ouvem música. Para isso, siga as orientações a seguir. 

1- Você e a turma devem se organizar em grupos. 

Escolham um ou mais estudantes do grupo para anotar as informações levantadas no decorrer da atividade. 

2- Um por um, cada estudante deve comentar as ocasiões em que ouve música.

3- Em seguida, reúnam os dados com base nas respostas obtidas. Verifiquem se há ocasiões semelhantes que podem ser agrupadas em categorias. Por exemplo, respostas como “ouço música no ônibus indo para a escola” e “ouço música caminhando para o trabalho” podem ser agrupadas em uma categoria denominada “Quando estou me deslocando”. Criem quantas categorias forem necessárias. 

4 - Para visualizar os dados, vocês vão elaborar um gráfico de colunas. Vamos usar como exemplo uma situação hipotética em que um grupo de dez estudantes faria esse levantamento. Considerando que os entrevistados poderiam citar mais de uma ocasião, o grupo criou quatro diferentes categorias e obteve as seguintes respostas: seis estudantes assinalaram a situação A; quatro, a situação B; dois, a situação C; e um, a situação D. Observe, ao lado, o gráfico resultante da tabulação desses dados. O grupo, então, utilizou a estatística para verificar as frequências absoluta e relativa dos dados que obtiveram. A frequência absoluta é obtida identificando-se quantas vezes cada situação foi mencionada. No exemplo, a frequência absoluta da situação A é 6, da situação B é 4, e assim por diante. Já a frequência relativa é dada em porcentagem. No exemplo, a frequência relativa da situação A é 6 respostas em um total de 13 respostas aferidas, que é igual a 46,15%; da situação B é 4 em 13, que é igual a 30,7%; e assim por diante.

 5- Agora, elaborem o gráfico de colunas com base no levantamento que vocês fizeram. Depois, utilizem a estatística para ordenar quantas vezes a mesma ocasião se repete (frequência absoluta) e calcular o percentual que essa ocasião representa de acordo com o grupo (frequência relativa). 

6- Por fim, em parceria com os demais grupos, analisem se esses dados revelam hábitos musicais parecidos da turma, ou seja, se as ocasiões em que escutam música são semelhantes. Ao final desta atividade, registrem, em meio físico ou digital, a versão final dos dados que obtiveram sobre os hábitos musicais do grupo e, depois, da turma inteira. Não se esqueçam de acrescentar ao registro o gráfico de colunas que elaboraram. 

5. MÃOS À OBRA 

1. Monte um playlist de pelo menos dez músicas explicando o porquê de ter escolhido cada uma delas. Abuse da criatividade e seja o mais sincero (a) possível com seus gostos.

 2. Comente as situações que mais te fazem ouvir músicas. 

3. Analise se seus gostos são semelhantes com os dos colegas. Mais pessoas escolheram músicas que você escolheu? Ou o mesmo ritmo? Você conhece essa pessoa? 


MÚSICA PARA NOSSOS OUVIDOS (ENCONTRO 2

1. Responda as questões. 

a) Qual é o principal suporte que você utiliza para ouvir música (celular, rádio, computador, etc.)? _____________________________________________________________________________ 

b) Que gêneros musicais você prefere ouvir?

_____________________________________________________________________________  

c) Você ouve música principalmente sozinho, com amigos ou em família? _____________________________________________________________________________ 

2. Faça uma pesquisa sobre a evolução das formas de ouvir músicas ao longo do tempo, registre o que achou e responda as questões. 

a) Você desconhecia alguma das invenções tecnológicas mencionadas na linha do tempo? Se sim, qual(is)?__________________________________________________________________________ 

b) Qual(is) dessas invenções tecnológicas você utiliza com mais frequência para ouvir música? _____________________________________________________________________________ 

c) Em sua opinião, não ter à disposição um desses aparatos impede uma pessoa de ouvir música?Explique sua resposta.

 _____________________________________________________________________________ 

3. Pesquisadores de diferentes áreas, como a neurociência e a psicologia, vêm tentando explicar como os sons e as músicas podem provocar sentimentos, alterar o estado de ânimo das pessoas, ajudar na concentração, etc. O texto a seguir apresenta algumas descobertas de diferentes pesquisadores sobre a relação entre a música e as emoções, a saúde e o intelecto. 

Para que serve a música?

 Pode ser difícil acreditar que uma melodia tenha qualquer utilidade quando você escuta seu vizinho desafinado. Mas acredite: novas teorias afirmam que a música mudou o ritmo da evolução humana. Antes de ler esta reportagem, tente lembrar quantas vezes na última semana você ouviu música. Não só as baladas do rádio, mas também as pílulas de sonolência na sala de espera do dentista. Ou o canto de alguém a seu lado no ônibus. É muito provável que você não tenha passado um único de seus últimos dias sem escutar alguns acordes. Às vezes nem nos damos conta, mas a música nos cerca por todos os lados. Há música para dançar, namorar, estudar. Música para enfrentar o trânsito, trabalhar, fazer ginástica e para relaxar no final do dia. Música para rezar, curar e memorizar. Para comunicar as emoções que não conseguimos transmitir só por meio de palavras. E música simplesmente para ouvir e curtir. Dos aborígines australianos aos esquimós no Alasca, todas as sociedades do mundo a têm em sua cultura [...]. 

[...] Mas, pensando bem, que sentido pode fazer a música em um período no qual nossos ancestrais estavam muito mais preocupados em não ser devorados por um leão do que com o próprio prazer? E mesmo na sociedade contemporânea, se nos cercamos de música com tanto afinco, é de supor que, assim como a fala, ela sirva para alguma coisa, tenha alguma função específica para a humanidade. Mas qual?

 [...] Uma das hipóteses mais aceitas hoje é a de que a música teve função primordial na formação e sobrevivência dos grupos e na amenização de conflitos. Se ela existe e persiste, é porque provoca respostas que agem como um forte fator de coesão social. “Precisávamos caçar e nos defender juntos e para isso tivemos de nos organizar. A música abriu o caminho para nos comunicarmos e dividir nossas emoções”, explica Mark [coordenador do Instituto para Ciências da Música e do Cérebro, da Universidade Harvard]. 

[...] a música surgiu antes ou depois da linguagem falada? Essa é outra pergunta que divide cientistas. As duas aptidões são universais, mas a linguagem obviamente parece muito mais útil que a música, o que leva a crer que ela tenha se desenvolvido primeiro, “com a música ramificando-se da linguagem apenas após ter sido feita boa parte do trabalho evolucionário pesado”, como escreveu o pianista Robert Jourdain em seu livro Música,cérebro e êxtase. 

[...] Mas se o uso da música como ferramenta de comunicação foi ultrapassado pela linguagem, por que ela continuou existindo? 

Para essa pergunta nem precisamos da ajuda dos cientistas. Todo mundo que já se apaixonou e dedicou uma música ao ser amado pode responder sem medo. É porque ela assumiu um papel que a fala sozinha não deu conta: transmitir emoções. E essa característica nós podemos notar independentemente das preferências pessoais de cada um. Para provar isso o psicólogo John Sloboda, da Universidade de Keele, na Inglaterra, uma das maiores autoridades em emoção musical do mundo, fez um teste interessante. Ele colocou 83 voluntários para ouvir uma série de peças musicais e depois pediu que eles descrevessem qual sensação tiveram. Cerca de 90% reportaram “frio na espinha” e “nó na garganta”. Alguns chegaram a chorar. Ao checar quais trechos haviam provocado essas reações, Sloboda constatou que eram basicamente os mesmos. Alguns acordes parecerem tristes e outros felizes pode ter também uma explicação evolutiva. Essa interpretação é relacionada com a forma como o nosso cérebro processa sons amistosos e ameaçadores desde a época em que éramos presas fáceis. 

[...] dependendo da combinação de tons, a música é capaz de provocar uma sensação que vai do prazeroso ao desagradável. Quanto mais dissonantes forem os intervalos das notas musicais, maior será a sensação de tensão ou medo. [...] 

[...] Para Ian Cross, diretor do Centro para Música e Ciência da Universidade de Cambridge, a música também é capaz de ativar capacidades como a memória e até mesmo a inteligência. 

[...] De todas as funções abordadas até agora, nenhuma é tão misteriosa quanto o possível uso medicinal da música, principalmente para pacientes com mal de Parkinson ou Alzheimer e vítimas de derrame que só melhoram escutando música. Histórias complexas são relatadas pelo neurologista Oliver Sacks em livros como Tempo de despertar, que foi adaptado para o cinema. É exemplar o caso da paciente Frances D., que sofria de Parkinson e durante as crises ficava paralisada, rangendo os dentes e sofrendo muito. Sacks descobriu que a única coisa que acalmava os sintomas era a música. Quando Frances ouvia o som, desapareciam completamente todos os fenômenos “obstrutivo-explosivos” e ela ficava feliz. “A senhora D., repentinamente livre de seus automatismos, ‘regia’ sorridente a música ou se levantava e dançava ao seu som”, escreveu Sacks. O médico percebeu o mesmo efeito em vários outros pacientes. Em alguns casos, só de pensar em música eles ficavam melhores. 

[...] PARA que serve a música? Superinteressante, 31 out. 2016. Disponível em: https://super.abril.com.br /ciencia/para-que-serve-a-musica/. Acesso em: 22 nov. 2019. 

Depois de ler o texto, responda: 

Quais foram os assuntos abordados sobre o tema função da música? 

Com base nessa leitura, em outras que você fez e em suas experiências, reflita sobre a seguinte questão: Os sentidos que o artista atribui à música que produziu podem mudar dependendo do contexto em que ela é ouvida? 

4. PARA A PRÓXIMA AULA 

Escolha uma música da sua preferência, que tenha marcado sua infância, ou algum momento importante da sua vida, ou mesmo alguma música que goste muito. Apresente durante o horário da aula e explique qual o significado que a música escolhida tem para você.

COMO OS INSTRUMENTOS MUSICAIS GERAM SONS? (ENCONTRO 3) 

1. DE QUE SÃO FEITOS OS INSTRUMENTOS MUSICAIS? 

Dependendo dos materiais de que são feitos e do modo como são confeccionados, esses instrumentos podem ser chamados de convencionais ou não convencionais. Os instrumentos convencionais são aqueles que obedecem a padrões consolidados pela prática. Já os não convencionais são aqueles em que se utilizam materiais alternativos, objetos do cotidiano ou são feitas adaptações dos instrumentos convencionais. Observe nas imagens a seguir alguns instrumentos musicais não convencionais. 

Assista ao vídeo da apresentação do Circo Amarillo – Clake:  

https://www.youtube.com/watch?v=13U2esRnhUI

Depois de observar as imagens, responda às questões: 

A. Que materiais você acredita que foram utilizados para confeccionar esses instrumentos musicais? __________________________________________________________________________ 

B. Você já tinha visto instrumentos musicais parecidos com esses? E outros instrumentos não convencionais? __________________________________________________________________________ 

A seguir, leia o texto que explica a criação de um novo sistema de classificação, mais completo e abrangente. 

[...] Em contraposição ao sistema classificatório convencional [...], Erich von Hornbostel (1877-1935) e Curt Sachs (1881-1959) criaram, em 1914, um novo sistema para a classificação dos instrumentos musicais, mais completo e de abrangência internacional. 

Em oposição à divisão tripartida (percussão, cordas e sopros), esse novo sistema propôs a utilização da característica física de produção do som como princípio básico para a divisão classificatória, onde se destacaram, a princípio, quatro categorias de instrumentos musicais: os idiofones, que são instrumentos cujo próprio corpo em vibração gera o som; os membranofones, onde o som é produzido pela vibração de uma membrana; os cordofones, onde o som é produzido pela vibração de cordas; e os aerofones, onde o som é produzido pela vibração do ar. Posteriormente, foi incluída uma quinta classe de instrumentos, a dos eletrofones, instrumentos que produzem vibrações que passam por um alto-falante e se transformam em sons. 

Os eletrofones por sua vez se dividem em duas subclasses: os instrumentos eletromecânicos, baseados nas vibrações produzidas por meios mecânicos usuais e transformadas em vibrações elétricas, e os instrumentos radioelétricos, baseados em circuitos elétricos oscilantes.

 [...] ANDRÉS, Artur; BORÉM, Fausto. O grupo Uakti: três décadas de música instrumental e de novos instrumentos musicais acústicos. Per Musi, Belo Horizonte, n. 23, p. 170-184, 2011. Disponível em: www.scielo.br/pdf/pm/n23/n23a18.pdf. Acesso em: 20 dez. 2019. 

E você, tem ou toca algum instrumento musical convencional? Se sim, traga-o para a próxima aula, mostre-o para os colegas e, se possível, apresente suas habilidades musicais. Além de descontraído, esse momento pode ser importante para a realização da atividade principal deste projeto, que é a criação de instrumentos musicais não convencionais. 

2. O QUE SÃO PARÂMETROS SONOROS? 

O que o som, a música e a física têm em comum? É por meio da física que se entende como os sons, que compõem as músicas, são produzidos. Som é uma vibração que se propaga, em forma de ondas, no ar ou em um meio líquido ou sólido. O som só é produzido se existir uma fonte material oscilando. Ao oscilar, essa fonte material produz ondas sonoras que se propagam em um meio sólido, líquido ou gasoso, como um metal, a água e o ar, respectivamente. Essas ondas sonoras entram no canal auditivo de uma pessoa, são captadas por membranas e ossos dentro dele e, depois, traduzidas em estímulos enviados ao cérebro. No cérebro, o som é codificado e interpretado. 

Antes de saber como se produz a música, é preciso entender os parâmetros do som: altura, intensidade, timbre e duração. 

Altura é a propriedade que permite ao ser humano identificar se o som é grave ou agudo. As ondas sonoras, quando chegam vibrando ao canal auditivo, podem ter dois tipos de frequência: alta (aguda) ou baixa (grave). Para entender melhor, pense na diferença entre o latido dos cachorros. Geralmente, os cachorros grandes têm latidos mais graves (grossos), e os cachorros pequenos têm latidos mais agudos (finos). 

Intensidade é a propriedade do som associada à energia de oscilação da fonte material que emite a onda sonora. Ao se propagar em um meio sólido, líquido ou gasoso, a onda sonora transporta essa energia, distribuindo-a em várias direções. Quanto maior for a quantidade de energia por unidade de tempo que essa onda sonora transportar até o aparelho auditivo, maior será a intensidade do som. Essa intensidade é medida em decibéis (dB) e pode ser classificada em forte ou fraca. 

Timbre é a característica que permite ao ser humano distinguir sons com mesma frequência e intensidade, porém emitidos por diferentes fontes sonoras. Por exemplo, se uma mesma nota musical for tocada com a mesma intensidade em um piano e em um violino, uma pessoa com aparelho auditivo saudável será capaz de diferenciar uma fonte sonora da outra, ou seja, perceber que os timbres são diferentes. Assim como os instrumentos musicais, a voz humana também tem diferentes timbres.

 Duração é o parâmetro sonoro relacionado ao período em que determinado som é emitido. Quanto maior for o tempo de emissão do som, mais longo ele será; e quanto menor for, mais curto será o som. Um exemplo de som longo é o emitido pela sirene de emergência de uma ambulância, e de som curto, as batidas de um martelo em um prego. Para as pessoas criarem músicas de acordo com seus gostos pessoais e com a cultura musical dos lugares a que pertencem, elas manipulam os sons variando e organizando as intensidades, os timbres, as alturas e as durações.

 Agora que já conhece os conceitos que envolvem os parâmetros sonoros, vocês experimentarão, na prática, formas de produzir sons variando e organizando as intensidades, os timbres, as alturas e as durações para criar pequenas peças sonoras. 

3. COLOQUE A MÃO NA MASSA 

Para continuar assista ao vídeo do Grupo Stomp: https://www.youtube.com/watch?v=tZ7aYQtIldg Nesse vídeo, é possível observar que os artistas utilizam sons de vassouras batidas no solo e sons produzidos por meio de sapateado para produzir um som organizado, criando, assim, uma música. 

Agora, sigam as orientações abaixo: 

 A. Verifiquem os materiais que existem em casa e que podem produzir sons. Podem ser livros se fechando rapidamente, lápis batidos no mobiliário, entre outras possibilidades, e até mesmo vozes. 

B. No caderno, façam uma lista dos materiais que utilizarão para produzir sons. 

C. Definam a ordem de experimentação dos parâmetros sonoros estudados anteriormente: intensidade, altura, duração e timbre. 

D. Para o parâmetro intensidade, usem os objetos escolhidos e combinem sons com intensidade fraca e forte, alternando-as ou criando gradações de sons fracos até sons fortes e de sons fortes até sons fracos.

 E. Para o parâmetro altura, combinem sons de suas vozes, alternando entre sons graves e agudos e criando gradações de sons graves até sons agudos e de sons agudos até sons graves. 

F. Para o parâmetro duração, combinar sons de suas vozes, alternando entre sons curtos e longos e criando gradações de sons curtos até sons longos e de sons longos até sons curtos. 

G. Para o parâmetro timbre, combinem sons de suas vozes e sons dos objetos escolhidos, tocando ou cantando alternadamente um som de cada vez para perceber as diferenças entre os timbres. Vocês também poderão fazer diferentes combinações de timbres, tocando mais de um som de cada vez, para verificar os timbres resultantes dessas combinações. 

H. Finalizadas as experimentações e análises dos parâmetros sonoros por meio dos sons que produziram, criem uma pequena peça sonora combinando diferentes alturas, timbres, durações e intensidades. 

I. Gravem os exercícios sonoros e ouçam-nos depois, analisando as estruturas criadas.


COMO OS CONSTRUIR UM INSTRUMENTO MUSICAL NÃO CONVENCIONAL (ENCONTRO 4) 

Como você viu na etapa 2, os parâmetros sonoros variam dependendo dos materiais com os quais os instrumentos musicais são construídos e do modo como são manipulados para produzir sons. Nesta etapa, o objetivo é empregar uma metodologia de projetos da engenharia para criar instrumentos musicais não convencionais e experimentar suas sonoridades. 

Marimba construída pelo grupo mineiro Uakti. Feito de madeira e vidro, esse instrumento musical produz som ao se percutirem as lâminas de vidro com baquetas. As marimbas convencionais são feitas de lâminas de madeira. (Fonte:https://marimblog.wordpress.com/marimba-de-vidro/projeto-deconstrucao. Acesso em: 16 nov. 2019.)

Há muitos pesquisadores e músicos que têm a construção de novos instrumentos como parte de seu processo de trabalho. Fundado em 1978, o Uakti tornou-se reconhecido internacionalmente pela música que produziu com instrumentos desenvolvidos por seus integrantes. Apesar de ter encerrado suas atividades em 2015, o grupo mineiro segue como referência nessa área. No trecho do artigo abaixo, Artur Andrés Ribeiro e Marco Antônio Guimarães, ex-integrantes do Uakti, tratam de aspectos relacionados à criação de seus instrumentos. Leia o texto e analise as imagens anteriores. Depois, responda às perguntas no caderno. TEXTO – Como surge um novo instrumento?

 [...] 

As respostas dadas por Marco Antônio Guimarães [a esta pergunta], durante todos esses anos, indicam que o impulso gerador do seu trabalho de construção de novos instrumentos origina-se a partir de um dos sete diferentes fatores básicos: 

• a descoberta e pesquisa sonora de novos materiais;
• a pesquisa feita a partir de uma necessidade musical do compositor ou do grupo; 
• a pesquisa feita a partir de um resultado sonoro pré-selecionado, mediante a observação de fenômenos físicos naturais; 
• a pesquisa feita a partir do mecanismo básico de emissão sonora; 
• a projeção de seu desenho ou planta;
 • a pesquisa a partir da modificação ou releitura dos instrumentos tradicionais e de suas técnicas de performance; 
• a pesquisa feita a partir da reciclagem de materiais do cotidiano. 

No primeiro caso, que é o mais frequente, parte-se da fonte sonora e do estudo de suas qualidades, potencialidades e limitações. Guimarães (1999) afirmou que “... o processo de construção sempre foi muito assim, de sair experimentando o material que estava à minha volta e, se fosse o caso, sair procurando”. A partir da escolha de um determinado material, verifica-se o seu potencial sonoro, a extensão possível de suas frequências, sua resistência e a viabilidade quanto ao seu dimensionamento (instrumentos de grandes dimensões inviabilizam o seu transporte, principalmente por via aérea). Dá-se início então, à busca de soluções que otimizem seu aproveitamento, sendo necessário, também, a busca de soluções para problemas tais como neutralização de ruídos indesejáveis, fadiga de material e dificuldades para a amplificação do som. Sobre isso Guimarães (1984) comentou: “Quando se lida com materiais que nunca foram usados em instrumentos musicais, não se têm parâmetros nem referências; é preciso experimentar até atingir o resultado procurado... De repente, os timbres graves soam bem, mas os agudos não, ou vice-versa. Então, você tem que encurtar ou esticar um pouco mais a corda, ou ainda fazer modificações na caixa, até obter uma boa extensão de afinação”. É neste primeiro tipo de procedimento de inicialização que se enquadram a maior parte dos instrumentos do Uakti.
 
[...] 

RIBEIRO. Artur Andrés. Grupo UAKTI. Revista de Estudos Avançados, São Paulo, v. 14, n. 39, 2000. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ea/v14n39/v14a39a16.pdf. Acesso em: 16 nov. 2019. 

1 O artigo apresenta uma série de fatores que podem impulsionar a criação de um instrumento musical. O que eles têm em comum?
 ______________________________________________________________________________ 
2 Quais desses fatores você acha que foram considerados na construção da marimba de vidro? Por quê?
 ______________________________________________________________________________ 
3 Que outras razões podem levar um músico a construir ou adaptar instrumentos musicais?
 ______________________________________________________________________________ 
4 Quais são os principais problemas mencionados no artigo no que se refere ao aproveitamento dos
 instrumentos criados pelo grupo?
 ______________________________________________________________________________

BANCO DE IDEIAS Um banco de ideias é um local físico ou digital no qual são armazenadas as referências selecionadas na etapa de preparação de um projeto. Neste caso, a intenção é reunir referências de instrumentos musicais não convencionais. Observe o exemplo ao lado. Esta primeira sondagem vai contribuir para a criação do instrumento musical que você e seu grupo escolherem. 

1- Em grupos de até 5 pessoas, procurem imagens e vídeos de instrumentos musicais feitos com materiais alternativos. Selecionem as referências que mais se aproximem dos interesses do grupo. Em seguida, verifiquem se é possível encontrar informações sobre os materiais utilizados na confecção desses instrumentos musicais. 

2- Depois de identificar os materiais utilizados nos instrumentos, discutam: 

a) Esses materiais são fáceis de encontrar na escola ou em sua comunidade? 
b) Caso sejam difíceis de encontrar, seria possível substituí-los por similares? 
c) Que outros instrumentos musicais poderiam ser criados com os materiais identificados?
 
3 Compartilhem as referências selecionadas com os colegas dos outros grupos por meio de um slide ou outros meios. Lembrem-se da importância de citar corretamente as fontes de cada referência e incluir as respectivas datas de acesso. 

4 Utilizem algum software ou recurso digital para guardar as referências, procurando garantir que todos possam consultá-las sempre que necessário. Durante o projeto, o banco pode ser ampliado e vocês podem usá-lo para resolver eventuais dúvidas.