sábado, 8 de maio de 2021

SABADAÇO EDUCATIVO

 Colégio Estadual Sinésio Costa -  CESC

SABADAÇO EDUCATIVO

1º Momento: Assistir o Documentário.

2º Momento: Após assistir o documentário, realizar a reflexão e responder as questões.

3º Momento: Realizar a leitura do Poema: “Eu, Etiqueta de Carlos Drummond de Andrade e responder as questões.

Pontos para nortear a reflexão...

“O Dilema das Redes” intercala os depoimentos de ex - executivos das grandes empresas do Vale do Silício nos Estados Unidos com uma família fictícia na qual cada um vai cada vez mais tendo dificuldade de largar o celular.

Usando de uma ou mais formas de texto (texto escrito, imagem, vídeo, áudio, dança etc.), vamos refletir sobre o documentário:

1- Para você, o documentário “O Dilema das Redes” trata de uma realidade vivida por nós ou você o considera um filme de ficção, e por quê? Exponha sua opinião.

2- Como você se percebeu ou sentiu ao assistir essa parte do documentário? Da forma que sentir confortável, socialize como você se percebeu ou se sentiu.

3- O documentário por nós assistido, afirma que a rede de internet é manipuladora. Você se sente manipulado pela rede? Da forma que sentir confortável, socialize sua percepção.

4- Vamos testar-nos. Analise as seguintes opções e exponha qual ou quais delas já aconteceu com você.

a) você já mudou de alguma forma seu comportamento, sua maneira de se vestir, conversar, de se ver, se relacionar com a família, amigos, parceiras etc., por influência da rede?

b) quando seu celular recebe uma notificação, você olha imediatamente?

c) como você se sente quando suas fotos são marcadas e curtidas por várias pessoas? E quando não são como você se sente?

d) aproveitando da linguagem multimodal que a tecnologia nos possibilita, envie-nos no chat ou no grupo de WhatsApp emogis ou figurinhas que reflita o que você achou sobre o documentário e esta atividade por nós proposta.

Poema: “Eu, Etiqueta” de Carlos Drummond de Andrade

Outra problemática vivenciada por nós é o consumismo, onde somos levados a escolher determinados produtos por influência da mídia e das redes sociais. O poema, “Eu, Etiqueta”, de Carlos Drummond de Andrade evidencia essa falta de liberdade de escolha por parte das pessoas, havendo aí uma influência pela cultura do consumo.

EU, ETIQUETA

Em minha calça está grudado um nome, que não é meu de batismo ou de cartório, um nome... estranho. Meu blusão traz lembrete de bebida que jamais pus na boca, nesta vida. Em minha camiseta, a marca de cigarro que não fumo, até hoje não fumei. Minhas meias falam de produto que nunca experimentei mas são comunicados a meus pés. Meu tênis é proclama colorido de alguma coisa não provada por este provador de longa idade. Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro, minha gravata e cinto e escova e pente, meu copo, minha xícara, minha toalha de banho e sabonete, meu isso, meu aquilo, desde a cabeça ao bico dos sapatos, são mensagens, letras falantes, gritos visuais, ordens de uso, abuso, reincidência, costume, hábito, premência, indispensabilidade, e fazem de mim homem-anúncio itinerante, escravo da matéria anunciada. Estou, estou na moda. É duro andar na moda, ainda que a moda seja negar minha identidade, trocá-la por mil, açambarcando todas as marcas registradas,

todos os logotipos do mercado. Com que inocência demito-me de ser. eu que antes era e me sabia tão diverso de outros, tão mim mesmo, ser pensante, sentinte e solidário com outros seres diversos e conscientes de sua humana, invencível condição. Agora sou anúncio, ora vulgar ora bizarro, em língua nacional ou em qualquer língua (qualquer, principalmente). E nisto me comparo, tiro glória de minha anulação. Não sou - vê lá - anúncio contratado. Eu é que mimosamente pago para anunciar, para vender em bares festas praias pérgulas piscinas, e bem à vista exibo esta etiqueta global no corpo que desiste de ser veste e sandália de uma essência tão viva, independente, que moda ou suborno algum a compromete. Onde terei jogado fora meu gosto e capacidade de escolher, minhas idiossincrasias tão pessoais, tão minhas que no rosto se espelhavam e cada gesto, cada olhar cada vinco da roupa sou gravado de forma universal, saio da estamparia, não de casa, da vitrine me tiram, recolocam, objeto pulsante mas objeto que se oferece como signo de outros objetos estáticos, tarifados. Por me ostentar assim, tão orgulhoso de ser não eu, mas artigo industrial, peço que meu nome retifiquem. Já não me convém o título de homem. Meu nome novo é coisa. Eu sou a coisa, coisamente.

Carlos Drummond de Andrade

Pontos para nortear a reflexão...

1. Como o eu-lírico entende o consumismo? Ele está feliz com esse sistema? Consegue se encontrar?

2. O que você entende por padronização? Como o texto expõe esse esquema?

3. Deixar de ser homem e tornar-se coisa é como o eu-lírico se enxerga ao fim do texto. Você compactua com essa ideia ou ainda se acha detentor das suas escolhas diante o mundo que o cerca?

OBS: Compartilhar suas reflexões/opiniões aqui no grupo, da forma que se sentir mais à vontade (texto, áudio, depoimento em vídeo).



Um comentário:

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