quarta-feira, 19 de maio de 2021

AVALIAÇÃO DE ALGUNS PROFESSORES SOBRE O ENSINO REMOTO I UNIDADE

 I unidade...

Minha experiência com o trabalho remoto ...

Inicialmente procurei reorganizar as turmas no google Classroom buscando motivá-los para esse momento de reencontro. Consegui interagir com mais de 50% dos alunos através das ferramentas do google. Todos os meus momentos síncronos foram feitos através do google meet, momentos em que consegui uma boa interação com os educandos. Os momentos assíncronos, sempre me disponibilizei a atendê-los em grupos menores e às vezes individualmente através da mesma plataforma, ou lançando mão da ferramenta watsapp. 

Percebi um bom aproveitamento diante das ferramentas de verificação que utilizei, como o google formulário, o google docs através de construções colaborativas. Explorei bastante as plataformas de jogos como o Kahoot. Como apoio á aprendizagem explorei bastante o kan academy. Como continuei com as turmas que trabalhei em 2020, não explorei tanto os materiais que nos foram disponibilizados pela SEC, mas, pretendo sim utilizá-los. 

Enfim como uma avaliação geral, achei a unidade bastante produtiva, e o que considero muito importante para o sucesso da proposta de trabalho on line, senti um forte interesse dos alunos, muito presentes e participativos.


Pedro Viana Pereira



 Maria Aparecida Rodrigues Pereira: 

A nossa escola por conta de ajustes na programação e dificuldades com o horário e turmas, entendeu que poderíamos trabalhar por área, abordando temas interdisciplinares. Isso dificultou o cumprimento com relação ao término da unidade. Temos também vários alunos que não tem acesso à internet, e as atividades só passaram a ser encaminhadas a 3 semanas atrás. E ainda não recebemos de volta para efetivar as correções, dessa forma estamos na quarta semana de aula especificamente com os componentes curriculares em separado. Esse fato explica pq não demos conta de cumprir a unidade em tempo hábil.

 Durante algumas semanas, nós da área de humanas trabalhamos temas importantes e interessantes, como “cibercultura e ciberespaço”, “ Entre línguas e religiões, o diálogo é um compromisso de amor”, entre outras temáticas. Foram aulas bastante produtivas, porém, o material não chegou a ser  utilizado como avaliação mas,  sim como momentos de interação, participação e incentivo aos alunos para riqueza que pode ser  o ensino remoto usando até mesmo o WhatsApp como sala virtual. Ao longo desse processo, pudemos perceber como as aulas são muito mais ricas, mais ilustrativas do que na configuração do modelo presencial, tendo em vista , a riqueza de elementos que podem dar suporte ao nosso planejamento, contudo, o planejamento triplica . Segundo levantamento feito pela escola temos cerca de 500 alunos sem acesso a internet. E o que se planeja para o virtual, não pode ser usado na íntegra para quem irá receber as atividades impressas. Os próprios cadernos de apoio, disponibilizados virtualmente, não chegam aos alunos por falta de internet, e,  se chegassem no formato impresso, a gama de links para vídeos e textos não serviriam, uma vez que os referidos não possuem  internet para consultá-los. Teria que se virar com o texto base oferecido nas trilhas, apenas.

 Como ponto negativo tem o fato de muitos alunos, apesar da proximidade com os celulares, não conseguirem se organizar e organizar as atividades assíncronas.  Os mesmos perdem os Arquivos enviados e esse também é um fator que provoca o atraso no cumprimento da unidade, pois o fato de muitos alunos não estarem com suas atividades prontas para serem entregues, devolvidas em tempo hábil para as devidas correções, também corrobora para atrasos no andamento do processo

Percebi também que muitos alunos não estão participando das aulas síncronas. No Vespertino vários alunos se queixam que não conseguem participar das aulas quando ocorrem no Google Meet, pq não tem o app e não pode baixar por conta de memória, e também por conta de internet que é ruim, não suporta conectividade, e cai toda hora.


Relatório da unidade 1 - 2020/2021. 

O trabalho de orientação, ensino/aprendizagem no CESC (Colegio Estadual Sinesio Costa de Riacho Santana, nesse ano letivo continuum 2020/2021, tem se mostrado um desafio constante, pois tivemos um começo bem inesperado, sem preparações prévias, depois de desconsiderar o trabalhos de nossos profissionais no ano anterior, inclusive sem a realização das matrículas novas, o que nos oferece um suporte para a pesquisa, programação, planejamento e preparo psicológico, que precede o inícios dos trabalhos letivos. Em um cenário de plena pandemia, momento bem crítico na nossa cidade e região, com grande número de mortes e pessoas afetadas pela sequelas e efeitos colaterais da COVID 19, o governo nos faz um comunicado, e em uma semana super turbulenta, com muitas quedas na net da SEC, imagina a nossa!...joga para nós" profissionais da educação a tarefa de recomeçar as aulas de modo on-line e off-line(síncrona e assíncrona), de maneira a “desvendar e promover o educar nesse contexto”, esperando que cada um, esquecendo de si mesmo, das próprias dificuldades, necessidades e perigos, consiga chegar nos mais distantes rincões, realizando uma “ tal de busca ativa” que traga o estudante urgentemente para a escola e o faça incluso no novo processo educacional da SEC, uma mesma SEC que permaneceu totalmente adormecida por todo o ano de 2020. Aliás, falo disso por experiência própria, como estava de afastamento por interesse particular, precisei antecipar a minha volta, já que não tinha conseguido a ajuda de custo do governo, fiz o pedido em julho e somente em meados de dezembro consegui voltar para a lista de professores da escola. A nossa escola e nós, como muitos e muitas do Estado pelo que ouvimos contar nas redes, tiveram inúmeras pendências para resolver, inclusive para encontrar orientações numa mesma línguagem que nos ajudassem a atravessar alguns dos novos obstáculos, e talvez por isso, enfrentar alguns perrengues antes de conseguir dar alguns passos seguindo essas mesmas orientações. Como o nosso público não conta com muitas das condições encontradas na capital, e, certamente, uma geografia de sertão com espinhos, somente um percentual de 20% ou 30%, tem sido mais acessível, até porque não dá para ter certeza, pois um tal de SGE, ainda hoje não pode nos disponibilizar os dados que necessitamos. A nossa programação como profissionais seguiu o mesmo ritmo, e o desenvolver curricular não tem sido diferente, e por aqui, estamos atrasados. Somente nas próximas semana teremos condições de entregar resultados(notas) nessa saga. E dizem que as TICs deveriam facilitar o nosso trabalho? Como pessoa adulta, professora de Geografia e Sociologia das 1ªs e 3ªs séries do Ensino Médio e Técnico, tenho me sentido desamparada, impotente, mesmo tendo um celular nas mãos, pois não me sai da cabeça os sentimentos daqueles jovens “do fim do mundo” sem acesso a essa escola que agora somos obrigados a ofertar. A pergunta que fica é: Porque o Estado não nos ofereceu um ambiente propício, numa plataforma adequada, se até os cursos EAD e alguns municípios daqui do interior fez isso? Assim, alegando as diferenças contextuais, físicas, geográficas, econômicas, humanas e sociais, solicitamos a compreensão da SEC, no sentido de esperar um pouco mais, para que possamos ativamente, mostrar os resultados solicitados, uma vez que tenho certeza, é somente uma questão de “tempo” , que separa os nossos alunos do desempenho que o sistema exige.

Cilene Alves Fernandes - Professora


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