quinta-feira, 6 de maio de 2021

ALGUMAS ATIVIDADES ASSINCRONAS PROPOSTAS PARA OS ESTUDANTES

 

     Unidade Escolar:

Colégio Estadual Sinésio Costa de Riacho de Santana- BA.

C  Componente Curricular:

História

     Professora:

Sandra Castro

     Modalidade de Ensino

Regular

     Série / Turma

3ª série E. M Regular

P   Período/Data:

19 a 23/04/200-2021 – Ano Continuum

C    Carga Horária:

 

02 aulas assíncronas

A     Aluno(a)

 


ATIVIDADE ASSÍNCRONA

Como proposta de atividade assíncrona desta semana , vocês devem recorrer ao texto sobre as Revoltas da Primeira República, enviado no documento atividades Assíncronas da semana anterior, associando-o aos vídeos propostos nesta atividade como complemento e/ou esclarecimento de dúvidas.

!- https://youtu.be/RORl4j4VC9A

2-https://youtu.be/MfOC-il4NXM

3- https://youtu.be/RWoWYtGUI3g

Após assistir aos vídeos elencados acima e outros que se interessarem referente à temática “ Revoltas da Primeira República”, dê uma atenção especial ao terceiro vídeo, que é um RAP produzido pelo site Descomplica, e a partir de todos  desenvolvam a seguinte proposta

1-      Identifiqueas Revoltas abordadas neste contexto da Primeira República e classifique-as em suas características, registrando em seu caderno.

 

a)       Revoltas do campo

_________________________________________________________________

 

b)     Revoltas Urbanas

_________________________________________________________________

 

c)      Revoltas messiânicas

_________________________________________________________________

 

2-      Seguindo na TRILHA DA HISTÓRIA, junte-se a 4 colegas que façam parte dos seus contatos, e, de forma criativa, demonstre com um poema, rap, um cordel ou um desenho o que você aprendeu sobre as Revoltas ocorrida no período chamado de Primeira República brasileira.

Obs: Em tempo oportuno, marcaremos data e ferramenta para  a postagem de suas produções.  Todas as participações estarão sendo contabilizada em seu processo avaliativo, porém, esta produção a partir da questão número 2 valerá nota, a ser somada com outros formatos de avaliação nesse modelo de ensino Remoto.


COLÉGIO ESTADUAL SINÉSIO COSTA – C.E.S.C. 

Aluno(a)_______________________________ Série__________ Turma __________ 

Data__/__/____ Projetos Integradores – Mateus Fercha 

MÚSICA PARA NOSSOS OUVIDOS 

1. COMO CONSTRUIR INSTRUMENTOS MUSICAIS NÃO CONVENCIONAIS COM MATERIAIS USADOS NO DIA A DIA? 

Responder a essa pergunta é o principal desafio deste projeto, que tem como objetivo interligar cinco campos do conhecimento (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Arte e Matemática), incentivando a aprendizagem interdisciplinar e a aplicação prática do aprendizado. 

Como temas do projeto, os instrumentos musicais e a música vão permear todas as atividades. Assim, você e os colegas vão descobrir que o som é a matéria-prima de toda música. Na realidade, a música é criada pela combinação de formas variadas de sons e silêncios. 

1. 1. Observe a imagem ao lado e responda: 

a) Que materiais usados para construir o objeto ao lado você identifica? __________________________________________ 

b) De maneira você imagina que esse objeto produz sons? __________________________________________

 2. Elabore uma lista de objetos que fazem parte de seu cotidiano e que produzem sons ao serem agitados, batidos, chacoalhados ou soprados. 

2. OBJETIVOS:

 Neste projeto, você e os colegas vão refletir sobre as músicas que ouvem no cotidiano e compreender a produção de sons e construir um acervo de instrumentos musicais não convencionais com materiais diversos usados no dia a dia. Esses instrumentos poderão ser úteis para estudar música, para montar uma banda ou um bloco de Carnaval, entre outras possibilidades. Além de criar esses instrumentos musicais, vocês vão compartilhar essa experiência com a comunidade por meio de uma oficina. O projeto será desenvolvido nas seguintes etapas: 

Etapa 1: Que músicas fazem parte de seu cotidiano? 

Subproduto: Produção de uma playlist comentada. 

Etapa 2: Como os instrumentos musicais geram sons? 

Subproduto: Experimentações com parâmetros sonoros. 

 Etapa 3: Como construir um instrumento musical não convencional? 

Subproduto: Construção de instrumentos musicais não convencionais. Fazer e acontecer Produto final: Oficina de construção de instrumentos musicais não convencionais Ao longo do projeto, é importante que você anote suas dúvidas e descobertas, além de seus avanços e dificuldades no aprendizado. Isso pode ser feito em um caderno comum ou em formato digital. As anotações podem ser consultadas sempre que houver necessidade. 

3. QUE MÚSICAS FAZEM PARTE DO SEU COTIDIANO? 

A música faz parte do cotidiano das pessoas e pode ter diversas funções: alegrar, distrair, ajudar na concentração para o estudo ou o trabalho, animar uma festa, favorecer a convivência com os amigos em shows e festivais ou acompanhar emoções intensas, como o fim de um relacionamento amoroso. A música também pode contribuir para o autoconhecimento e a construção da identidade, pois ao ouvir uma música é possível entender a si mesmo e se afirmar no mundo como indivíduo e nas relações com outras pessoas. Nesta etapa, você e os colegas vão refletir sobre a relação que têm com a música: em que momentos a ouvem e por quê, e quais são os gêneros musicais preferidos. Com base nessa reflexão, serão capazes de produzir, em grupo, uma playlist comentada. 

4. QUANDO VOCÊ OUVE MÚSICA?

Em que momentos você ouve música? 

Faça um levantamento sobre as principais ocasiões em que você e os colegas da turma ouvem música. Para isso, siga as orientações a seguir. 

1- Você e a turma devem se organizar em grupos. 

Escolham um ou mais estudantes do grupo para anotar as informações levantadas no decorrer da atividade. 

2- Um por um, cada estudante deve comentar as ocasiões em que ouve música.

3- Em seguida, reúnam os dados com base nas respostas obtidas. Verifiquem se há ocasiões semelhantes que podem ser agrupadas em categorias. Por exemplo, respostas como “ouço música no ônibus indo para a escola” e “ouço música caminhando para o trabalho” podem ser agrupadas em uma categoria denominada “Quando estou me deslocando”. Criem quantas categorias forem necessárias. 

4 - Para visualizar os dados, vocês vão elaborar um gráfico de colunas. Vamos usar como exemplo uma situação hipotética em que um grupo de dez estudantes faria esse levantamento. Considerando que os entrevistados poderiam citar mais de uma ocasião, o grupo criou quatro diferentes categorias e obteve as seguintes respostas: seis estudantes assinalaram a situação A; quatro, a situação B; dois, a situação C; e um, a situação D. Observe, ao lado, o gráfico resultante da tabulação desses dados. O grupo, então, utilizou a estatística para verificar as frequências absoluta e relativa dos dados que obtiveram. A frequência absoluta é obtida identificando-se quantas vezes cada situação foi mencionada. No exemplo, a frequência absoluta da situação A é 6, da situação B é 4, e assim por diante. Já a frequência relativa é dada em porcentagem. No exemplo, a frequência relativa da situação A é 6 respostas em um total de 13 respostas aferidas, que é igual a 46,15%; da situação B é 4 em 13, que é igual a 30,7%; e assim por diante.

 5- Agora, elaborem o gráfico de colunas com base no levantamento que vocês fizeram. Depois, utilizem a estatística para ordenar quantas vezes a mesma ocasião se repete (frequência absoluta) e calcular o percentual que essa ocasião representa de acordo com o grupo (frequência relativa). 

6- Por fim, em parceria com os demais grupos, analisem se esses dados revelam hábitos musicais parecidos da turma, ou seja, se as ocasiões em que escutam música são semelhantes. Ao final desta atividade, registrem, em meio físico ou digital, a versão final dos dados que obtiveram sobre os hábitos musicais do grupo e, depois, da turma inteira. Não se esqueçam de acrescentar ao registro o gráfico de colunas que elaboraram. 

5. MÃOS À OBRA 

1. Monte um playlist de pelo menos dez músicas explicando o porquê de ter escolhido cada uma delas. Abuse da criatividade e seja o mais sincero (a) possível com seus gostos.

 2. Comente as situações que mais te fazem ouvir músicas. 

3. Analise se seus gostos são semelhantes com os dos colegas. Mais pessoas escolheram músicas que você escolheu? Ou o mesmo ritmo? Você conhece essa pessoa? 


MÚSICA PARA NOSSOS OUVIDOS (ENCONTRO 2

1. Responda as questões. 

a) Qual é o principal suporte que você utiliza para ouvir música (celular, rádio, computador, etc.)? _____________________________________________________________________________ 

b) Que gêneros musicais você prefere ouvir?

_____________________________________________________________________________  

c) Você ouve música principalmente sozinho, com amigos ou em família? _____________________________________________________________________________ 

2. Faça uma pesquisa sobre a evolução das formas de ouvir músicas ao longo do tempo, registre o que achou e responda as questões. 

a) Você desconhecia alguma das invenções tecnológicas mencionadas na linha do tempo? Se sim, qual(is)?__________________________________________________________________________ 

b) Qual(is) dessas invenções tecnológicas você utiliza com mais frequência para ouvir música? _____________________________________________________________________________ 

c) Em sua opinião, não ter à disposição um desses aparatos impede uma pessoa de ouvir música?Explique sua resposta.

 _____________________________________________________________________________ 

3. Pesquisadores de diferentes áreas, como a neurociência e a psicologia, vêm tentando explicar como os sons e as músicas podem provocar sentimentos, alterar o estado de ânimo das pessoas, ajudar na concentração, etc. O texto a seguir apresenta algumas descobertas de diferentes pesquisadores sobre a relação entre a música e as emoções, a saúde e o intelecto. 

Para que serve a música?

 Pode ser difícil acreditar que uma melodia tenha qualquer utilidade quando você escuta seu vizinho desafinado. Mas acredite: novas teorias afirmam que a música mudou o ritmo da evolução humana. Antes de ler esta reportagem, tente lembrar quantas vezes na última semana você ouviu música. Não só as baladas do rádio, mas também as pílulas de sonolência na sala de espera do dentista. Ou o canto de alguém a seu lado no ônibus. É muito provável que você não tenha passado um único de seus últimos dias sem escutar alguns acordes. Às vezes nem nos damos conta, mas a música nos cerca por todos os lados. Há música para dançar, namorar, estudar. Música para enfrentar o trânsito, trabalhar, fazer ginástica e para relaxar no final do dia. Música para rezar, curar e memorizar. Para comunicar as emoções que não conseguimos transmitir só por meio de palavras. E música simplesmente para ouvir e curtir. Dos aborígines australianos aos esquimós no Alasca, todas as sociedades do mundo a têm em sua cultura [...]. 

[...] Mas, pensando bem, que sentido pode fazer a música em um período no qual nossos ancestrais estavam muito mais preocupados em não ser devorados por um leão do que com o próprio prazer? E mesmo na sociedade contemporânea, se nos cercamos de música com tanto afinco, é de supor que, assim como a fala, ela sirva para alguma coisa, tenha alguma função específica para a humanidade. Mas qual?

 [...] Uma das hipóteses mais aceitas hoje é a de que a música teve função primordial na formação e sobrevivência dos grupos e na amenização de conflitos. Se ela existe e persiste, é porque provoca respostas que agem como um forte fator de coesão social. “Precisávamos caçar e nos defender juntos e para isso tivemos de nos organizar. A música abriu o caminho para nos comunicarmos e dividir nossas emoções”, explica Mark [coordenador do Instituto para Ciências da Música e do Cérebro, da Universidade Harvard]. 

[...] a música surgiu antes ou depois da linguagem falada? Essa é outra pergunta que divide cientistas. As duas aptidões são universais, mas a linguagem obviamente parece muito mais útil que a música, o que leva a crer que ela tenha se desenvolvido primeiro, “com a música ramificando-se da linguagem apenas após ter sido feita boa parte do trabalho evolucionário pesado”, como escreveu o pianista Robert Jourdain em seu livro Música,cérebro e êxtase. 

[...] Mas se o uso da música como ferramenta de comunicação foi ultrapassado pela linguagem, por que ela continuou existindo? 

Para essa pergunta nem precisamos da ajuda dos cientistas. Todo mundo que já se apaixonou e dedicou uma música ao ser amado pode responder sem medo. É porque ela assumiu um papel que a fala sozinha não deu conta: transmitir emoções. E essa característica nós podemos notar independentemente das preferências pessoais de cada um. Para provar isso o psicólogo John Sloboda, da Universidade de Keele, na Inglaterra, uma das maiores autoridades em emoção musical do mundo, fez um teste interessante. Ele colocou 83 voluntários para ouvir uma série de peças musicais e depois pediu que eles descrevessem qual sensação tiveram. Cerca de 90% reportaram “frio na espinha” e “nó na garganta”. Alguns chegaram a chorar. Ao checar quais trechos haviam provocado essas reações, Sloboda constatou que eram basicamente os mesmos. Alguns acordes parecerem tristes e outros felizes pode ter também uma explicação evolutiva. Essa interpretação é relacionada com a forma como o nosso cérebro processa sons amistosos e ameaçadores desde a época em que éramos presas fáceis. 

[...] dependendo da combinação de tons, a música é capaz de provocar uma sensação que vai do prazeroso ao desagradável. Quanto mais dissonantes forem os intervalos das notas musicais, maior será a sensação de tensão ou medo. [...] 

[...] Para Ian Cross, diretor do Centro para Música e Ciência da Universidade de Cambridge, a música também é capaz de ativar capacidades como a memória e até mesmo a inteligência. 

[...] De todas as funções abordadas até agora, nenhuma é tão misteriosa quanto o possível uso medicinal da música, principalmente para pacientes com mal de Parkinson ou Alzheimer e vítimas de derrame que só melhoram escutando música. Histórias complexas são relatadas pelo neurologista Oliver Sacks em livros como Tempo de despertar, que foi adaptado para o cinema. É exemplar o caso da paciente Frances D., que sofria de Parkinson e durante as crises ficava paralisada, rangendo os dentes e sofrendo muito. Sacks descobriu que a única coisa que acalmava os sintomas era a música. Quando Frances ouvia o som, desapareciam completamente todos os fenômenos “obstrutivo-explosivos” e ela ficava feliz. “A senhora D., repentinamente livre de seus automatismos, ‘regia’ sorridente a música ou se levantava e dançava ao seu som”, escreveu Sacks. O médico percebeu o mesmo efeito em vários outros pacientes. Em alguns casos, só de pensar em música eles ficavam melhores. 

[...] PARA que serve a música? Superinteressante, 31 out. 2016. Disponível em: https://super.abril.com.br /ciencia/para-que-serve-a-musica/. Acesso em: 22 nov. 2019. 

Depois de ler o texto, responda: 

Quais foram os assuntos abordados sobre o tema função da música? 

Com base nessa leitura, em outras que você fez e em suas experiências, reflita sobre a seguinte questão: Os sentidos que o artista atribui à música que produziu podem mudar dependendo do contexto em que ela é ouvida? 

4. PARA A PRÓXIMA AULA 

Escolha uma música da sua preferência, que tenha marcado sua infância, ou algum momento importante da sua vida, ou mesmo alguma música que goste muito. Apresente durante o horário da aula e explique qual o significado que a música escolhida tem para você.

COMO OS INSTRUMENTOS MUSICAIS GERAM SONS? (ENCONTRO 3) 

1. DE QUE SÃO FEITOS OS INSTRUMENTOS MUSICAIS? 

Dependendo dos materiais de que são feitos e do modo como são confeccionados, esses instrumentos podem ser chamados de convencionais ou não convencionais. Os instrumentos convencionais são aqueles que obedecem a padrões consolidados pela prática. Já os não convencionais são aqueles em que se utilizam materiais alternativos, objetos do cotidiano ou são feitas adaptações dos instrumentos convencionais. Observe nas imagens a seguir alguns instrumentos musicais não convencionais. 

Assista ao vídeo da apresentação do Circo Amarillo – Clake:  

https://www.youtube.com/watch?v=13U2esRnhUI

Depois de observar as imagens, responda às questões: 

A. Que materiais você acredita que foram utilizados para confeccionar esses instrumentos musicais? __________________________________________________________________________ 

B. Você já tinha visto instrumentos musicais parecidos com esses? E outros instrumentos não convencionais? __________________________________________________________________________ 

A seguir, leia o texto que explica a criação de um novo sistema de classificação, mais completo e abrangente. 

[...] Em contraposição ao sistema classificatório convencional [...], Erich von Hornbostel (1877-1935) e Curt Sachs (1881-1959) criaram, em 1914, um novo sistema para a classificação dos instrumentos musicais, mais completo e de abrangência internacional. 

Em oposição à divisão tripartida (percussão, cordas e sopros), esse novo sistema propôs a utilização da característica física de produção do som como princípio básico para a divisão classificatória, onde se destacaram, a princípio, quatro categorias de instrumentos musicais: os idiofones, que são instrumentos cujo próprio corpo em vibração gera o som; os membranofones, onde o som é produzido pela vibração de uma membrana; os cordofones, onde o som é produzido pela vibração de cordas; e os aerofones, onde o som é produzido pela vibração do ar. Posteriormente, foi incluída uma quinta classe de instrumentos, a dos eletrofones, instrumentos que produzem vibrações que passam por um alto-falante e se transformam em sons. 

Os eletrofones por sua vez se dividem em duas subclasses: os instrumentos eletromecânicos, baseados nas vibrações produzidas por meios mecânicos usuais e transformadas em vibrações elétricas, e os instrumentos radioelétricos, baseados em circuitos elétricos oscilantes.

 [...] ANDRÉS, Artur; BORÉM, Fausto. O grupo Uakti: três décadas de música instrumental e de novos instrumentos musicais acústicos. Per Musi, Belo Horizonte, n. 23, p. 170-184, 2011. Disponível em: www.scielo.br/pdf/pm/n23/n23a18.pdf. Acesso em: 20 dez. 2019. 

E você, tem ou toca algum instrumento musical convencional? Se sim, traga-o para a próxima aula, mostre-o para os colegas e, se possível, apresente suas habilidades musicais. Além de descontraído, esse momento pode ser importante para a realização da atividade principal deste projeto, que é a criação de instrumentos musicais não convencionais. 

2. O QUE SÃO PARÂMETROS SONOROS? 

O que o som, a música e a física têm em comum? É por meio da física que se entende como os sons, que compõem as músicas, são produzidos. Som é uma vibração que se propaga, em forma de ondas, no ar ou em um meio líquido ou sólido. O som só é produzido se existir uma fonte material oscilando. Ao oscilar, essa fonte material produz ondas sonoras que se propagam em um meio sólido, líquido ou gasoso, como um metal, a água e o ar, respectivamente. Essas ondas sonoras entram no canal auditivo de uma pessoa, são captadas por membranas e ossos dentro dele e, depois, traduzidas em estímulos enviados ao cérebro. No cérebro, o som é codificado e interpretado. 

Antes de saber como se produz a música, é preciso entender os parâmetros do som: altura, intensidade, timbre e duração. 

Altura é a propriedade que permite ao ser humano identificar se o som é grave ou agudo. As ondas sonoras, quando chegam vibrando ao canal auditivo, podem ter dois tipos de frequência: alta (aguda) ou baixa (grave). Para entender melhor, pense na diferença entre o latido dos cachorros. Geralmente, os cachorros grandes têm latidos mais graves (grossos), e os cachorros pequenos têm latidos mais agudos (finos). 

Intensidade é a propriedade do som associada à energia de oscilação da fonte material que emite a onda sonora. Ao se propagar em um meio sólido, líquido ou gasoso, a onda sonora transporta essa energia, distribuindo-a em várias direções. Quanto maior for a quantidade de energia por unidade de tempo que essa onda sonora transportar até o aparelho auditivo, maior será a intensidade do som. Essa intensidade é medida em decibéis (dB) e pode ser classificada em forte ou fraca. 

Timbre é a característica que permite ao ser humano distinguir sons com mesma frequência e intensidade, porém emitidos por diferentes fontes sonoras. Por exemplo, se uma mesma nota musical for tocada com a mesma intensidade em um piano e em um violino, uma pessoa com aparelho auditivo saudável será capaz de diferenciar uma fonte sonora da outra, ou seja, perceber que os timbres são diferentes. Assim como os instrumentos musicais, a voz humana também tem diferentes timbres.

 Duração é o parâmetro sonoro relacionado ao período em que determinado som é emitido. Quanto maior for o tempo de emissão do som, mais longo ele será; e quanto menor for, mais curto será o som. Um exemplo de som longo é o emitido pela sirene de emergência de uma ambulância, e de som curto, as batidas de um martelo em um prego. Para as pessoas criarem músicas de acordo com seus gostos pessoais e com a cultura musical dos lugares a que pertencem, elas manipulam os sons variando e organizando as intensidades, os timbres, as alturas e as durações.

 Agora que já conhece os conceitos que envolvem os parâmetros sonoros, vocês experimentarão, na prática, formas de produzir sons variando e organizando as intensidades, os timbres, as alturas e as durações para criar pequenas peças sonoras. 

3. COLOQUE A MÃO NA MASSA 

Para continuar assista ao vídeo do Grupo Stomp: https://www.youtube.com/watch?v=tZ7aYQtIldg Nesse vídeo, é possível observar que os artistas utilizam sons de vassouras batidas no solo e sons produzidos por meio de sapateado para produzir um som organizado, criando, assim, uma música. 

Agora, sigam as orientações abaixo: 

 A. Verifiquem os materiais que existem em casa e que podem produzir sons. Podem ser livros se fechando rapidamente, lápis batidos no mobiliário, entre outras possibilidades, e até mesmo vozes. 

B. No caderno, façam uma lista dos materiais que utilizarão para produzir sons. 

C. Definam a ordem de experimentação dos parâmetros sonoros estudados anteriormente: intensidade, altura, duração e timbre. 

D. Para o parâmetro intensidade, usem os objetos escolhidos e combinem sons com intensidade fraca e forte, alternando-as ou criando gradações de sons fracos até sons fortes e de sons fortes até sons fracos.

 E. Para o parâmetro altura, combinem sons de suas vozes, alternando entre sons graves e agudos e criando gradações de sons graves até sons agudos e de sons agudos até sons graves. 

F. Para o parâmetro duração, combinar sons de suas vozes, alternando entre sons curtos e longos e criando gradações de sons curtos até sons longos e de sons longos até sons curtos. 

G. Para o parâmetro timbre, combinem sons de suas vozes e sons dos objetos escolhidos, tocando ou cantando alternadamente um som de cada vez para perceber as diferenças entre os timbres. Vocês também poderão fazer diferentes combinações de timbres, tocando mais de um som de cada vez, para verificar os timbres resultantes dessas combinações. 

H. Finalizadas as experimentações e análises dos parâmetros sonoros por meio dos sons que produziram, criem uma pequena peça sonora combinando diferentes alturas, timbres, durações e intensidades. 

I. Gravem os exercícios sonoros e ouçam-nos depois, analisando as estruturas criadas.


COMO OS CONSTRUIR UM INSTRUMENTO MUSICAL NÃO CONVENCIONAL (ENCONTRO 4) 

Como você viu na etapa 2, os parâmetros sonoros variam dependendo dos materiais com os quais os instrumentos musicais são construídos e do modo como são manipulados para produzir sons. Nesta etapa, o objetivo é empregar uma metodologia de projetos da engenharia para criar instrumentos musicais não convencionais e experimentar suas sonoridades. 

Marimba construída pelo grupo mineiro Uakti. Feito de madeira e vidro, esse instrumento musical produz som ao se percutirem as lâminas de vidro com baquetas. As marimbas convencionais são feitas de lâminas de madeira. (Fonte:https://marimblog.wordpress.com/marimba-de-vidro/projeto-deconstrucao. Acesso em: 16 nov. 2019.)

Há muitos pesquisadores e músicos que têm a construção de novos instrumentos como parte de seu processo de trabalho. Fundado em 1978, o Uakti tornou-se reconhecido internacionalmente pela música que produziu com instrumentos desenvolvidos por seus integrantes. Apesar de ter encerrado suas atividades em 2015, o grupo mineiro segue como referência nessa área. No trecho do artigo abaixo, Artur Andrés Ribeiro e Marco Antônio Guimarães, ex-integrantes do Uakti, tratam de aspectos relacionados à criação de seus instrumentos. Leia o texto e analise as imagens anteriores. Depois, responda às perguntas no caderno. TEXTO – Como surge um novo instrumento?

 [...] 

As respostas dadas por Marco Antônio Guimarães [a esta pergunta], durante todos esses anos, indicam que o impulso gerador do seu trabalho de construção de novos instrumentos origina-se a partir de um dos sete diferentes fatores básicos: 

• a descoberta e pesquisa sonora de novos materiais;
• a pesquisa feita a partir de uma necessidade musical do compositor ou do grupo; 
• a pesquisa feita a partir de um resultado sonoro pré-selecionado, mediante a observação de fenômenos físicos naturais; 
• a pesquisa feita a partir do mecanismo básico de emissão sonora; 
• a projeção de seu desenho ou planta;
 • a pesquisa a partir da modificação ou releitura dos instrumentos tradicionais e de suas técnicas de performance; 
• a pesquisa feita a partir da reciclagem de materiais do cotidiano. 

No primeiro caso, que é o mais frequente, parte-se da fonte sonora e do estudo de suas qualidades, potencialidades e limitações. Guimarães (1999) afirmou que “... o processo de construção sempre foi muito assim, de sair experimentando o material que estava à minha volta e, se fosse o caso, sair procurando”. A partir da escolha de um determinado material, verifica-se o seu potencial sonoro, a extensão possível de suas frequências, sua resistência e a viabilidade quanto ao seu dimensionamento (instrumentos de grandes dimensões inviabilizam o seu transporte, principalmente por via aérea). Dá-se início então, à busca de soluções que otimizem seu aproveitamento, sendo necessário, também, a busca de soluções para problemas tais como neutralização de ruídos indesejáveis, fadiga de material e dificuldades para a amplificação do som. Sobre isso Guimarães (1984) comentou: “Quando se lida com materiais que nunca foram usados em instrumentos musicais, não se têm parâmetros nem referências; é preciso experimentar até atingir o resultado procurado... De repente, os timbres graves soam bem, mas os agudos não, ou vice-versa. Então, você tem que encurtar ou esticar um pouco mais a corda, ou ainda fazer modificações na caixa, até obter uma boa extensão de afinação”. É neste primeiro tipo de procedimento de inicialização que se enquadram a maior parte dos instrumentos do Uakti.
 
[...] 

RIBEIRO. Artur Andrés. Grupo UAKTI. Revista de Estudos Avançados, São Paulo, v. 14, n. 39, 2000. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ea/v14n39/v14a39a16.pdf. Acesso em: 16 nov. 2019. 

1 O artigo apresenta uma série de fatores que podem impulsionar a criação de um instrumento musical. O que eles têm em comum?
 ______________________________________________________________________________ 
2 Quais desses fatores você acha que foram considerados na construção da marimba de vidro? Por quê?
 ______________________________________________________________________________ 
3 Que outras razões podem levar um músico a construir ou adaptar instrumentos musicais?
 ______________________________________________________________________________ 
4 Quais são os principais problemas mencionados no artigo no que se refere ao aproveitamento dos
 instrumentos criados pelo grupo?
 ______________________________________________________________________________

BANCO DE IDEIAS Um banco de ideias é um local físico ou digital no qual são armazenadas as referências selecionadas na etapa de preparação de um projeto. Neste caso, a intenção é reunir referências de instrumentos musicais não convencionais. Observe o exemplo ao lado. Esta primeira sondagem vai contribuir para a criação do instrumento musical que você e seu grupo escolherem. 

1- Em grupos de até 5 pessoas, procurem imagens e vídeos de instrumentos musicais feitos com materiais alternativos. Selecionem as referências que mais se aproximem dos interesses do grupo. Em seguida, verifiquem se é possível encontrar informações sobre os materiais utilizados na confecção desses instrumentos musicais. 

2- Depois de identificar os materiais utilizados nos instrumentos, discutam: 

a) Esses materiais são fáceis de encontrar na escola ou em sua comunidade? 
b) Caso sejam difíceis de encontrar, seria possível substituí-los por similares? 
c) Que outros instrumentos musicais poderiam ser criados com os materiais identificados?
 
3 Compartilhem as referências selecionadas com os colegas dos outros grupos por meio de um slide ou outros meios. Lembrem-se da importância de citar corretamente as fontes de cada referência e incluir as respectivas datas de acesso. 

4 Utilizem algum software ou recurso digital para guardar as referências, procurando garantir que todos possam consultá-las sempre que necessário. Durante o projeto, o banco pode ser ampliado e vocês podem usá-lo para resolver eventuais dúvidas.



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